-Com a evolução para a nova versão do Processo Judicial eletrônico (PJe), o Tribunal de Justiça da Paraíba se integra, de forma antecipada, à Plataforma Digital do Poder Judiciário (PDPJ-Br). Em recente evento do Conselho Nacional de Justiça, o TJPB havia firmado o compromisso de realizar a integração à Plataforma Digital até o dia 30 de junho.

O avanço do PJe para a versão 2.2 permitiu que o Tribunal utilizasse os serviços estruturantes da PDPJ, a exemplo do SSO (Single Sing On, que possibilita o acesso com segurança a vários aplicativos e serviços usando apenas um conjunto de credenciais) e o Marketplace, como explicou o diretor de Tecnologia da Informação do TJPB, Ney Robson Medeiros.

Investimentos em tecnologia, com a modernização do Parque Tecnológico do Poder Judiciário estadual, estão entre as prioridades da gestão do Presidente do TJPB, Desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides. O objetivo é promover mais qualidade e eficiência na prestação jurisdicional, com mecanismos que possam dar celeridade aos serviços prestados à sociedade.

Foto do Diretor da Ditec, Ney Robson
Ney Robson

De acordo com Ney Robson, a integração foi efetivada com o apoio direto do CNJ, por meio do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), representado pelo seu diretor Thiago Vieira e pelo coordenador de Infraestrutura, Marcelo de Campos. Ambos estiveram, pessoalmente, no Tribunal e, em conjunto com a equipe da Ditec, realizaram as atividades necessárias para possibilitar a integração, além de implantar melhorias na própria versão do PJe.

“A partir dessa integração, o usuário do Processo Judicial eletrônico, sobretudo o público interno, poderá utilizar todos os serviços disponibilizados na Marketplace da PDPJ, acessando o Single Sing On, o que torna desnecessária a autenticação em outro sistema, quando já estiver utilizando o PJe ou vice-versa. Quanto ao usuário externo (advogados, procuradores, defensores, dentre outros), também usará este recurso para, por exemplo, acessar o PJe Mídias, sem necessidade de fazer novo login neste sistema”, explicou Ney Robson.

O diretor da Ditec acrescentou, ainda, a possibilidade de muitas outras funcionalidades com a evolução da versão, citando, como exemplo, a implantação do serviço do e-carta, o qual possibilita o envio de correspondências e devolução de ARs de forma autorizada no PJe, sem a necessidade de várias etapas manuais, realizadas na forma convencional. Além disso, dentro do Plano de Trabalho estabelecido com o CNJ consta, ainda, a implantação do Codex, que possibilitará a extração de informações automatizadas ao DataJud e aos modelos de Inteligência Artificial, que podem ser utilizados nas rotinas de automação ou auxílio à decisão, proporcionando maior celeridade ao processo judicial.

“A integração à PDPJ é o resultado do trabalho árduo das equipes da Ditec, envolvidas nesta evolução, atuando dias, noites e, nesta fase final, madrugadas, fazendo com que o Tribunal cumprisse seu compromisso com o CNJ, e, sobretudo, na vanguarda em oferecer melhores serviços aos seus usuários”, destacou Ney Robson, enfatizando as novas funcionalidades e melhorias que foram integradas ao longo do tempo na versão do PJe 2.2, como também a possibilidade de utilização de novos serviços que estão sendo desenvolvidos pelo CNJ.

Foto do juiz auxiliar da Presidência do TJPB, Euler Paulo de Moura Jansen
Juiz auxiliar da Presidência do TJPB, Euler Paulo de Moura Jansen
Para o juiz auxiliar da Presidência do TJPB, Euler Paulo de Moura Jansen, responsável pelo acompanhamento das atividades na área de tecnologia, a Plataforma Digital do Poder Judiciário representa mais que um sistema eletrônico, é uma necessidade, especialmente para os Tribunais de pequeno porte, como é o TJPB, para suprir as limitações físicas no desenvolvimento dos setores de TI.

“É importante para os Tribunais haver um compartilhamento para que não haja retrabalho, nem novos gastos. A grande relevância da PDPJ é possibilitar a união do Poder Judiciário, onde todos se desenvolvem no mesmo sentido”, afirmou o magistrado.

Euler Jansen destacou a atuação do Tribunal de Justiça da Paraíba nos trabalhos preparativos para o êxito da migração à versão PJe 2.2, lembrando que o Estado é um celeiro de avanços na área tecnológica, citando a cidade de Campina Grande, como um grande polo de desenvolvimento tecnológico, rememorando, ainda, o fato de que o TJPB foi o segundo no País a entrar no sistema do Processo Judicial eletrônico. “Temos aqui magistrados e servidores estudiosos, dedicados à área tecnológica. Tudo isto é uma consolidação dos esforços de todos, que sabem que a informática é um relevante meio para atingir o objetivo de uma prestação jurisdicional rápida”, frisou.

O diretor do Departamento de Tecnologia da Informação do CNJ, Thiago Andrade Vieira, disse que os trabalhos em conjunto com a equipe da Ditec, para a migração, foram realizados com satisfação, tendo em vista a parceria e a disponibilidade do Tribunal de Justiça da Paraíba em atuar com o Conselho Nacional de Justiça nas iniciativas nacionais, bem como nas políticas públicas.

“O TJ da Paraíba é um dos Tribunais parceiros de primeira hora, que entrou nesta jornada desde o princípio, acreditou na política e, muito rapidamente, vai colher os benefícios da Plataforma Digital do Poder Judiciário. É importante destacar o comprometimento das equipes técnicas do Tribunal e, também, de toda a instituição em patrocinar, destacar equipes e se dedicar a esse processo de conhecimento da plataforma, de atualização da versão e de divulgação de tudo que está sendo feito”, enfatizou o diretor de TI do CNJ.

Por Lila Santos

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