Autoridades iniciando visita ao Sílvio Porto
Autoridades iniciando visita ao Sílvio Porto
A Penitenciária ‘Desembargador Silvio Porto’, na cidade de João Pessoa, foi o primeiro local de inspeções permanentes nos estabelecimentos penais no âmbito do Estado da Paraíba. A ação promovida pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF) e Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) ocorreu na manhã desta quinta-feira (3). A medida faz parte das ações deliberadas por meio do Ato Conjunto nº 01/2023 do GMF e CGJ.

A visita ao prédio da penitenciária contou com a presença dos desembargadores Joás de Brito Pereira Filho, supervisor do GMF, e Carlos Martins Beltrão Filho, corregedor-geral de Justiça, da magistrada Michelini de Oliveira Dantas Jatobá (coordenadora do GMF) e do juiz-corregedor Carlos Neves da Franca Neto, da juíza auxiliar da Vara de Execuções Penais (VEP) de João Pessoa, Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, e do secretário João Alves de Albuquerque, da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária, além de outras autoridades.

Vendo as celas
Visita às celas dos apenados fez parte da inspeção
O Ato Conjunto tem como objetivo acompanhar o cumprimento da legislação, dos precedentes vinculantes do Supremo Tribunal Federal e dos Atos Normativos do Conselho Nacional de Justiça, tendo em vista que os estabelecimentos penais devem proporcionar segurança e dispor de condições adequadas de funcionamento.

O desembargador Joás de Brito falou da importância dessa primeira visita conjunta ao sistema penitenciário. “ Iniciamos pelas instalações do Sílvio Porto onde há um problema de superpopulação, e temos, realmente, de combater essa superpopulação carcerária, que é um problema que temos de enfrentar e resolver para humanizar o sistema penitenciário”, disse o desembargador Joás de Brito.

Na oportunidade, o corregedor-geral, desembargador Carlos Beltrão, destacou que será possível, com as inspeções in loco, constatar a realidade dos presídios e analisar o que pode ser melhorado em favor dos apenados, seja nos direitos, seja na estrutura física. “Esperamos que com essa visita, com esse olhar e conhecimento que estamos tendo, possamos tirar várias conclusões para enfrentar melhor essas dificuldades”, ressaltou Beltrão.

A juíza da VEP, Andréa Arcoverde, afirmou que esse é um momento de extrema importância para a Vara Penal, a realização dessa inspeção no estabelecimento prisional, tendo em vista que o GMF e CGJ estão conhecendo in loco a realidade da Penitenciária Silvio Porto. “Estamos em busca de melhorias de educação, saúde e até de redução da superpopulação, que contribui para o processo de ressocialização”, ressaltou a magistrada.

Inspeção
Magistradas observam documentação
Também presente, o secretário João Alves destacou que essa ação é muito importante para o sistema penitenciário do Estado. “Estamos mostrando a realidade da nossa atividade prisional e essa inspeção trará benefícios para o sistema penitenciário”, comentou o secretário. Já o diretor da Penitenciária ‘Desembargador Silvio Porto’, Gilberto Rio, ressaltou que a população carcerária precisa ver os órgãos de atuação dentro da unidade prisional, para que os detentos saibam que estão sendo acompanhados, e, desta forma, eles possam comprovar a seriedade do trabalho do Judiciário.

Durante a visita de mais de 3 horas, os magistrados tiveram acesso aos pavilhões; salas de aula; biblioteca; cozinha; almoxarifado; horta; e setores odontológico, serviço social e administrativo, onde puderam conversar com funcionários e apenados. A Penitenciária ‘Desembargador Silvio Porto’ conta, atualmente, com mais de 2 mil apenados.

Ato – Ainda como parte das medidas do Ato Conjunto, o sistema permanente de inspeções será conduzido e coordenado por ambos os Órgãos, ficando estabelecido o número mínimo de seis inspeções, por ano. O GMF e a CGJ estabelecerão calendário conjunto das inspeções aos estabelecimentos prisionais do Estado da Paraíba, observados o número mínimo e os dados disponibilizados no Cadastro Nacional de Inspeções nos Estabelecimentos Penais – CNIEP.

Por Marcus Vinícius

Inspeção
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