A Coordenadoria da Mulher da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça da Paraíba e Defensoria Pública do Estado já deram início ao processo de expansão grupos reflexivos, com o propósito de enfrentar à violência doméstica contra a mulher e os casos de feminicídio. Depois de uma reunião realizada na Sede da Defensoria, ficou definido que os serviços dos grupos reflexivos vão alcançar todas as comarcas do Estado, começando pelas de Campina Grande e Guarabira. As tratativas para a expansão começaram na segunda-feira (16) e estão na fase de definição da equipe profissional que vai atuar nesses municípios.
Um dos objetivos dos grupos é prevenir a reincidência da violência de gênero, bem como estimular a mudança do comportamento violento dos autores de violência contra a mulher, mas a medida não exclui que o agressor seja punido e tenha de pagar por seus atos. Em João Pessoa, já foram realizados 12 encontros, com resultados considerados positivos, pela rede de proteção da mulher. Os cursos atenderam, diretamente, 167 homens e estão formadas turmas com mais de 60 participantes.
A iniciativa de expandir os grupos reflexivos foi da coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica do TJPB, Anna Carla Falcão, que participou do encontro de trabalho. Segundo a magistrada, para colocar a medida em prática, foi considerada a importância de que se reveste os grupos reflexivos, não apenas para a ressocialização dos autores da violência, mas também para cuidar da proteção das vítimas de violência. “Verificando a importância desses grupos nesse particular e o excelente trabalho desenvolvido pela Defensoria Pública nesse sentido, propor a expansão dos grupos reflexivos para todas as comarcas do estado da Paraíba”, informou a magistrada, que é titular da 3ª Vara Mista de Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa.
Quem também participou dos trabalhos foi a presidente a presidente da Associação das Esposas dos Magistrados e Magistradas da Paraíba (Aemp) e defensora pública, Maria da Glória Oliveira, entre outras autoridades.
Para a defensora pública geral, Maria Madalena Abrantes, que estava na reunião, levar os grupos reflexivos para todo o estado da Paraíba nasce de uma necessidade de combater e romper o ciclo de violência doméstica, que é uma responsabilidade de todos que fazem o sistema de Justiça. “Esse projeto começou conosco, em outubro do ano passado, timidamente, porque a Defensoria não tem os recursos suficientes, mas deu certo, com a ajuda do Tribunal de Justiça da Paraíba, delegacias e Secretaria do Sistema Penitenciário”, destacou.
Por Fernando Patriota