Por meio de uma Sessão de Conciliação virtual, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Fazendário da Comarca de Campina Grande conseguiu solucionar um processo que já tramitava há mais de dez anos na Justiça e firmar um acordo no valor de R$ 235.500,00 (duzentos e trinta e cinco mil e quinhentos reais). A audiência por videoconferência, que durou mais de duas horas, aconteceu nessa quarta-feira (20), envolvendo Ação de Indenização por Ato Ilícito causado por Acidente de Trânsito (0010521-31.2010.8.15.0011), que resultou na morte de um homem, do Município de São José do Bonfim.
A coordenadora do Cejusc Fazendário, juíza Ivna Mozart ressaltou que os entes estatais estão entre os maiores litigantes com processos ativos no Judiciário estadual e que a criação de estratégias para a solução consensual das demandas envolvendo essas partes colabora para a celeridade processual. “Não se pode perder de vista que os processos que têm a Fazenda pública como parte são naturalmente mais longos, em face dos prazos que são maiores. O Cejusc fazendário de Campina Grande é um exemplo bem sucedido de ambiente próprio à realização de acordos”, destacou a magistrada.
Já a conciliadora do Cejusc Fazendário de Campina, desde 2018, Maria Isabel Figueirêdo, explicou que conseguiu durante a audiência aplicar as técnicas de Conciliação, como a Escuta Ativa, que visa observar a linguagem verbal e não verbal de ambas as partes, na busca de entender as informações e assim estimular suas emoções para que possam ouvir uma à outra. “Após algumas horas em debate particular, todos retornaram à sala remota de audiência, apresentando a contraproposta, chegando assim a um denominador comum para ambas as partes. Um dia proveitoso para Conciliação e para o Judiciário estadual”, realçou a conciliadora.
Por sua vez, a coordenadora dos conciliadores, Vanessa Bezerra salientou que a conciliação tenta compreender informações relevantes. “E foi isso que aconteceu no Cejusc Fazendário. A conciliadora Maria Isabel, usando das técnicas de conciliação, observou que os autores em uma linguagem não verbal queriam resolver o conflito naquele momento, precisando apenas de um pouco mais de tempo e diálogo. Felizmente conseguimos o fim desse conflito”, comemorou a coordenadora.
Por Lila Santos