Magistrados e servidores do Poder Judiciário estadual participaram, nesta quinta-feira (26), do Webinário ‘Segurança pessoal em ambiente virtual’. A temática foi ministrada pelo agente da Polícia Federal, Leandro Augusto da Fonseca Feitosa. O evento, que foi transmitido pela plataforma Zoom, contou com a presença ainda de integrantes do Sistema de Justiça Criminal.
O Desembargador Ricardo Vital de Almeida, diretor da Escola Superior da Magistratura (Esma), abriu as atividades do webinário. “Dr. Leandro Feitosa é um dos agentes de Polícia Federal de grande destaque no nosso país, bem como conhece a temática e efetivamente nos trará momento de aprendizado e interação.”, ressaltou o diretor da Esma.
Em seguida, o gerente de Segurança Institucional e Militar do Tribunal de Justiça da Paraíba, coronel Gilberto Moura Santos, leu o currículo do expositor. O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) e membro da Comissão Permanente de Segurança do TJ, Desembargador Joás de Brito Pereira Filho, também participou do webinário. “Estou aqui como aluno e vou colher grandes frutos.”, disse o Desembargador Joás de Brito.
O supervisor de Segurança Institucional do TJPB, major Álvaro Cavalcante Filho, conduziu os trabalhos do webinário. Na ocasião, ele afirmou que o evento ocorre em virtude da preocupação da atual gestão da Presidência do TJ com os magistrados, servidores e jurisdicionados.
A iniciativa foi promovida pela Esma em parceria com o Tribunal de Justiça da Paraíba. O evento online contou com o apoio, ainda, da Comissão Permanente de Segurança e da Gerência de Segurança Institucional do TJ.
O agente da PF Leandro Feitosa abordou, em sua explanação, os seguintes tópicos: Como devemos ver a internet?; perigos que estamos expostos; quem são as vítimas potenciais?; o ele mais fraco da segurança; vazamento de dados; publicação de informações privadas; bullying; Phishing; dificuldade da investigação; e os principais golpes, dentre outros.
Para o expositor, o principal problema no ambiente virtual é a falsa ideia de segurança do usuário, e ciente disso, os criminosos se aproveitam para obter vantagens ilícitas. Embora não tenha dados concretos, Leandro informou que houve um estudo realizado pela empresa Refinaria de Dados, onde foi identificado que ocorreu um aumento considerável na busca na Dark Web, por informações pessoais e bancárias, no período da pandemia.
“Normalmente, os criminosos que aplicam os golpes compram os dados na Dark Web. Então, de forma indireta, acredita-se que os crimes através da internet aumentaram.”, ressaltou o agente da PF.
Leandro Feitosa mostrou um estudo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informando que houve um aumento de 70% do Phishing, que é a técnica de enganar a vítima para tentar obter dados pessoais como informações financeiras e senhas, entre outros dados.
Ele demonstrou, ainda, como a população pode se prevenir e denunciar, crimes praticados através de perfis falsos criados nas redes sociais, além de verificar a confiabilidade dos sites e aplicativos. “Um golpe muito comum praticado na Paraíba e no país é a plataforma de compra e venda”, destacou.
Por fim, o expositor agradeceu a Esma e ao Tribunal de Justiça pelo convite. “Essa é uma oportunidade para que várias pessoas compreendam as ameaças, e como elas podem se comportar para diminuir os riscos e não virar uma vítima.”, frisou Leandro Feitosa.
Após a explanação, o agente da PF respondeu perguntas encaminhadas pelos participantes. Ao concluir o evento, o Desembargador Ricardo Vital parabenizou Leandro Feitosa pela brilhante palestra, bem como a Superintendência da PF na Paraíba.
Dark Web – É o coletivo oculto de sites da internet que só podem ser acessados com um navegador de internet especializado. Ela é usada para manter atividades anônimas e privadas na Internet, algo que pode ser útil em contextos legais e ilegais. Embora algumas pessoas a utilizem para evitar a censura do governo, sabe-se que ela também é empregada para atividades altamente ilegais.
Por Marcus Vinícius