O juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, um dos coordenadores da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJPB, participará, nesta terça-feira (16), de uma transmissão ao vivo no perfil do Instagram da Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH). A live abordará a campanha educativa “São João em casa sim, com violência não”, que foca o isolamento social com respeito à mulher. A conversa interativa será realizada a partir das 17h.
A campanha “São João em casa sim, com violência não” é promovida por meio de parceria entre o TJPB, a Rede Estadual de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Sexual (Reamcav) e a Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH). Participarão, também, da live, a secretária da SEMDH, Lídia Moura; a promotora de justiça de defesa dos direitos da mulher de Campina Grande, Ismânia Pessoa; a delegada da mulher de Campina Grande, Mayra Araújo; a defensora pública Fátima Diniz; e a integrante da comissão de combate à violência contra a mulher da OAB seccional Paraíba, Izabelle Ramalho.
De acordo com o juiz Antônio Gonçalves, que é titular do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Campina Grande, a campanha é importante para reforçar que, mesmo durante o isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus (Covid-19), é preciso preservar o respeito e a dignidade da mulher. “Ao manter o isolamento, não se pode esquecer das ações preventivas em relação à violência doméstica contra a mulher. Diferentemente do ano passado, quando o foco da campanha durante o período junino foi a importunação sexual, por causa das festas presenciais, diante do estado pandêmico e da inexistência de aglomerações neste ano, alteramos o direcionamento da iniciativa”, explicou.
A promotora Ismânia Pessoa, que integra o Núcleo Estadual de Gênero do MPPB, afirmou que as consequências e danos advindos das medidas de isolamento social no tocante à violência contra a mulher foi o que motivou os órgãos que fazem parte da Reamcav a pensarem esta campanha educativa. “A mulher é obrigada a ficar em sua casa, onde seria, a princípio, seu porto seguro, mas, muitas vezes, está acompanhada do seu agressor. Então, isso é um fato que nos preocupa. Nas delegacias on-line, tem crescido a quantidade de denúncias de ameaças e outros crimes que não têm natureza sexual ou física. Então, com esta iniciativa, queremos que a mulher saiba que não está só e que os serviços da rede de enfrentamento à violência continuam funcionando, de maneira remota”, frisou.
A secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura, destacou que serão realizadas várias lives acerca da campanha educativa, voltadas a cada região do Estado. “Teremos promotores, juízes e delegadas da mulher daquela área para explicar ao público quais são os serviços disponíveis na região e como se pode ter acesso ao sistema de justiça nos casos de violência doméstica. É importante que todos fiquem em casa e, ao mesmo tempo, lembrem de manter o respeito à mulher sob qualquer circunstância. Qualquer tipo de agressão deve ser denunciado e, além das punições aos agressores, existe todo um aparato estatal para atender a vítima e recepcionar a denúncia”, ressaltou.
Por Celina Modesto / Gecom-TJPB