O presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador João Batista da Silva participou do momento solene fazendo a leitura de uma passagem bíblica. “Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: ‘Este menino é destinado a ser causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel, e a ser sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma’.” (Lucas 2, 34-35).
Para o desembargador João Benedito, a homilia e o versículo de Lucas levam todos os cristãos a uma reflexão. “Reporto-me às palavras de Semeão, que disse que uma espada traspassaria a alma de Maria. Eu vejo que se nós traspassarmos no tempo vamos verificar que hoje as Marias também sofrem. De outra forma, não com seus filhos passando o sofrimento físico, mas com a falta de alimento, de emprego, de moradia, esses fatores levam também as mães de hoje a sofrerem por seus filhos”, avaliou.
O vice-presidente do TJPB, desembargador Marcos William de Oliveira, considera simbólica a parada da procissão no Tribunal de Justiça. “Estamos no período da quaresma e tradicionalmente o TJPB recebe esse quinto passo da Paixão de Cristo que é justamente o encontro do crucificado rumo ao calvário carregando a sua cruz, com a sua mãe. A dor, o desespero em ver o filho morrendo sem haver causa. E o Tribunal anualmente recebe essas duas procissões na esperança que o espírito da Páscoa penetre no coração de todos e o supremo espírito de luz nos abençoe e nos ajude a distribuir a justiça”, observou.
Procissão – A procissão é formada por dois grupos de fiéis; um carregando a imagem de Nossa Senhora das Dores e, o outro, com a de Jesus com a cruz nos ombros. Os grupos percorrem caminhos diferentes, porém paralelos, até a chegada de ambos na Praça João Pessoa, em frente ao Palácio da Justiça, onde ocorre o encontro das imagens de Jesus e de Nossa Senhora da Dores.
Nosso Senhor dos Passos, ou Senhor Bom Jesus dos Passos, é uma invocação de Jesus Cristo e uma devoção especial da Igreja Católica a Ele dirigida, que faz memória ao trajeto percorrido por Jesus Cristo desde sua condenação à morte no pretório até o seu sepultamento.
Também acompanharam o ato religioso os desembargadores Fred Coutinho, Fátima Bezerra, e o desembargador Marcos Cavalcanti, que é membro da Ordem do Carmo, além do desembargador aposentado Arnóbio Alves Teodósio.
Gecom/TJPB