O juiz auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça da Paraíba, Fábio Araújo, coordenou uma reunião virtual, na manhã desta quarta-feira (15), para tratar sobre o Plano de Trabalho da Diretoria de Tecnologia da Informação (Ditec), biênio 2023/2024. Participaram do encontro juízes e juízas de comarcas diversas do Poder Judiciário estadual, como também diretores, gerentes e supervisores de todas as áreas do TJPB. Ficou definido que as palavras-chave do Plano de Trabalho da Ditec-TJPB são: acessibilidade, eficiência, agilidade e inovação.
Segundo o juiz Fábio Araújo, a apresentação do Plano de Trabalho da Ditec tem o objetivo de compartilhar com magistrados e servidores os projetos e ações iniciados ou em andamento para o aprimoramento da gestão de TI (Tecnologia da Informação) do Tribunal. “A rapidez com que os processos de trabalho evoluem à vista das novas tecnologias, exige-se de todos, em especial da Diretoria de Tecnologia, uma atuação estratégica nesse sentido. O plano abrange áreas como a de contratação, de melhoria de infraestrutura e aprimoramento de fluxos do Processo Judicial eletrônico (PJe)”, comentou.
Os participantes do encontro tiveram a oportunidade de conhecer a estratégia nacional do Poder Judiciário até 2026; o planejamento e ações tecnológicas do Judiciário estadual; e as iniciativas da Ditec-TJPB para os próximos dois anos, além de tirar dúvidas. “A participação de todos e todas é fundamental para o sucesso do nosso planejamento. Quero deixar uma palavra de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelas equipes das gestões anteriores. Não fazemos nada sozinhos e se chegamos até aqui, é porque muitas pessoas se esforçaram para isso”, pontuou Fábio Araújo
Ele disse que, no segmento acessibilidade, será garantida a aproximação aos sistemas do TJPB para usuários internos e externos (gerenciamento de tokens, login, senhas, cadastro e outros); a manutenção do site e dos serviços ali existentes; fortalecimento do parque tecnológico e de rede (computadores, impressoras, scanners e switchs) e investimento em segurança cibernética.
Nos itens eficiência e agilidade, a equipe de Tecnologia da Informação vai trabalhar por um PJe mais funcional, como investir no aprimoramento constante dos fluxos, estabilidade dos sistemas, uso de ferramentas de automação e inteligência artificial, além de interoperabilidade, ou seja, a capacidade de diversos sistemas e organizações trabalharem em conjunto, de modo a garantir que pessoas, organizações e sistemas computacionais interajam para trocar informações de maneira eficaz e eficiente.
“Já no campo da inovação, vamos trazer ferramentas de automação (robotização de práticas repetitivas), inteligência artificial (AI), computação na nuvem, monitoramento em tempo real da infraestrutura da rede e uma política de segurança cibernética”, adiantou o juiz Fábio Araújo.
O magistrado informou, também, que um ambiente em colaboração com o Google e a migração do PJe 2g do segundo grau de jurisdição para a nuvem, a modernização da rede de computadores e do Datacenter já estão em andamento. “A migração do Processo Judicial eletrônico para a nuvem vai trazer mais poder de processamento, maior estabilidade, disponibilidade e mais segurança. Isso deve acontecer em abril”, revelou. Ele acrescentou que a migração do PJe do primeiro grau de jurisdição para a nuvem já está sendo avaliado.
A gerente de Pesquisas Estatísticas do TJPB, Renata Grigório Silva Gomes, trouxe para a reunião a entrega de um novo painel do PJe, com os indicadores de taxas bruta e líquida de congestionamento, índices de andamento à demanda, processos mais antigos (distribuídos até 2019) e audiências. “O objetivo dessa apresentação foi trazer melhorias que possam auxiliar os magistrados no monitoramento de suas unidades. Um dos pacotes de entrega vai permitir esse avanço dos principais indicadores, que são avaliados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, ressaltou.
Renata Grigório disse, ainda, que outro foco da reunião foi captar sugestões. “À medida que o público-alvo foi interagindo, foram surgindo dúvidas e sugestões para o melhoramento dos painéis. Nossa ideia é tornar a ferramenta mais usual possível e que todos utilizem. O encontro foi muito interessante e o próximo passo é apresentar o painel de segundo grau”, disse a gerente.
Por Fernando Patriota