Durante a solenidade de entrega das obras de revitalização do Palácio da Justiça, o presidente da Comissão de Memória e Cultura do Poder Judiciário estadual, Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque, falou sobre a importância histórica da reabertura do prédio, localizado na Praça João Pessoa. As reformas foram entregues na tarde dessa segunda-feira (30), pelo presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides, com as presenças de representantes dos três poderes e do meio jurídico.
“A restauração do Palácio da Justiça surgiu da necessidade da preservação de um dos mais expressivos prédios da arquitetura da cidade de João Pessoa do início do século XX. Depois de, praticamente, seis anos e uma reforma complexa, é com grande satisfação e alegria que a atual gestão do Tribunal entrega o Palácio à sociedade paraibana”, destacou Marcos Cavalcanti.
O desembargou informou que o Palácio da Justiça integra os monumentos históricos de João Pessoa de maior destaque. “Com um estilo neogótico, inovador à época, o prédio foi construído pelo então presidente da Paraíba, Camilo de Holanda (1916 a 1920), para ser a Escola Normal. O interventor Argemiro de Figueiredo, que governou o Estado entre 1935 e 1940, fez a entrega oficial do Palácio como sede definitiva do Poder Judiciário estadual, em 1939”, detalhou Marcos Cavalcanti.
O Palácio da Justiça é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) O prédio secular possui salões, no hall de entrada, e desde 23 de maio de 1965 tem instalada a Cripta de Epitácio Pessoa, onde estão os restos mortais do ex-presidente da República (1919 e 1922) e de sua esposa, Mary Sayão Pessoa.
A obra de revitalização do Palácio da Justiça foi iniciada no mês de abril do ano passado, através de um convênio firmado entre o TJPB e o Governo do Estado, por meio da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), órgão responsável pela execução da reforma. A gerente de Arquitetura e Engenharia do TJ/Paraíba foi a responsável por supervisionar e nortear a execução das obras
Por Fernando Patriota