A ideia surgiu no contexto da pandemia, diante das restrições das atividades presenciais naquele momento. Bem sucedida, a iniciativa permaneceu, como o objetivo de aliar a tecnologia às tarefas de inspeção, garantindo que todos os custodiados sejam ouvidos, periodicamente. As informações podem ser partilhadas com o Ministério Público, Defensoria e advogados, como informou o magistrado.
“É um canal de comunicação direto com o juiz, em que o próprio custodiado preenche os dados, apresenta requerimentos e relata situações que repute relevantes. O preenchimento é feito sob a supervisão de policial penal ou assistente social, por meio de um tablet bloqueado, com acesso exclusivo para a aplicação, sob sigilo”, explicou Pedro Davi.
Entre as vantagens, o juiz ressaltou a eficiência de diligências, visto que o magistrado, ao realizar a inspeção no local, já poderá antecipar eventuais pedidos ou informações aos presos. “Além disso, a comunicação diminui o risco de ocorrerem situações irregulares, a exemplo de pessoas que ficaram presas por anos sem processo”, afirmou.
O diretor da Cadeia, Antônio Henrique Sabino, complementou que, por meio da ferramenta, os internos também têm privacidade para fazer reclamações sobre o trabalho dos policiais penais ou da Direção.
Por Gabriela Parente