“Eu sempre gostei de advogar. Na verdade, tinha e tenho amor pela advocacia. Nunca duvidei disso. Para entrar na magistratura, antes vi meu pai compor a lista tríplice da Ordem dos Advogados do Brasil. Todas as oportunidades em que abria vaga pelo Quinto Constitucional, ele era indicado e por questões políticas ele não foi nomeado desembargador”, revelou Joás de Brito. “Quando houve a primeira eleição direta na Ordem para os indicados ao cargo de desembargador, eu resolvi participar, para presenteá-lo. Sempre achei que quem merecia ser desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba era o Joás pai e não o Joás filho”, lembrou.
Segundo o desembargador, todo advogado precisa agir com muita ética, correção e procurar o máximo de honestidade. “A medida que o tempo vai passando, você vai conhecendo as pessoas. Isso em toda profissão. Hoje, você sabe quem é um bom advogado, um bom magistrado, um bom médico. A ética é fundamental, em qualquer setor. O que posso dizer, também, aos advogados é que eles precisam mostrar os pontos principais de sua defesa. Não adianta escrever muito. Meu pai também me ensinou a ser objetivo”, aconselhou.
Sobre o aperfeiçoamento dos serviços da Justiça, o magistrado disse que “para que aconteça uma boa prestação jurisdicional é necessário que o sistema de Justiça trabalhe irmanado. O advogado, assim como o magistrado, é essencial para o funcionamento da Justiça. É necessário melhorar o sistema, constantemente”.
Ao avaliar os avanços tecnológicos, o integrante da Câmara Criminal, afirmou que as ferramentas virtuais vieram para ficar, não tem como retroceder. “Contudo, o trabalho virtual afasta mais, evidentemente, que o presencial. Logo que o Tribunal voltou à sua normalidade, eu retornei às sessões presenciais. Acho que o contato pessoal é importante e, agora, que estamos com segurança sanitária, não existe motivos para não trabalhar presencialmente, a não ser que seja por um motivo justificado”, destacou.
Joás de Brito Pereira Filho possui graduação em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) é Especialista em Direito Processual Civil, atuou no Direito Público, como procurador do Estado durante 23 anos e foi advogado militante na área privada.
Por Fernando Patriota