Segundo enfatizou a médica integrante da Gerência de Qualidade de Vida do Tribunal de Justiça, Vânia Lisboa, a prevenção deve estar presente em todas as fases da vida da mulher, em todas as idades, por conta até mesmo da transformação hormonal pela qual ela passa. Mesmo sendo o exame preventivo de mamografia realizado a partir dos 40 anos.
“Eu digo sempre às minhas pacientes que a mulher vive mudando e se transformando desde quando ela nasce. Ela passa pela infância, adolescência e a menarca, que é o primeiro ciclo menstrual. Aí já começam as guerras hormonais da mulher até chegar ao climatério, outro período de ebulição dos hormônios. Por isso a necessidade de se cuidar, de, realmente, fazer a prevenção, com o autoexame”, ressaltou. Vânia Lisboa observou, ainda, que neste mês a Gevid intensificou os trabalhos de orientação e cuidados não só em relação à prevenção do câncer de mama, mas, também, do câncer de colo de útero, o qual apresenta um alto percentual de mortalidade de mulheres acometidas com a doença, conforme enfatizou.
Segundo enfatizou, está em tratamento, passou recentemente por procedimento cirúrgico e todo o diferencial está se dando justamente por conta dos exames preventivos que realizava.
“O autoexame foi um diferencial importante para me alertar e fazer com detectasse a doença no estágio inicial. Ainda estou no meio do tratamento. Manter a cabeça boa, a mente positiva, tudo isso está fazendo toda diferença e está correndo bem. Tenho consciência de que se eu não tivesse procurado o médico poderia estar numa situação pior, num estado clínico muito mais grave e que, graças a Deus, não é o caso”, frisou Renata Grigório.
De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer – INCA, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.
Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. A doença ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no país, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste. Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
Por Lila Santos