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Desembargador Joás Filho abriu o Seminário

Começou na manhã desta terça-feira (12), o 1º Seminário Estadual sobre Políticas de Atenção às Pessoas Egressas do Sistema Prisional da Paraíba. O supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF-PB), desembargador Joás de Brito Pereira Filho, abriu o evento, que vai até esta quarta-feira (13), no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa. A coordenadora do GMF-PB, juíza Micheline Jatobá, também fez parte da mesa, assim como a secretária estadual de Desenvolvimento Humano (SEDH), Pollyana Dutra. O juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Jonatas Santos Andrade, também participou do Seminário, de forma virtual.

O Seminário é fruto de ação conjunta entre o Tribunal de Justiça da Paraíba, por meio do GMF-PB, Conselho Nacional de Justiça (Programa Fazendo Justiça), SEDH e as secretarias estaduais da Mulher e da Diversidade Humana e da Administração Penitenciária (Seap). O primeiro tema em debate foi ‘O Cuidado Integral da População Egressa do Sistema Prisional se Constrói Coletivamente’.

De acordo com o supervisor do GMF-PB, os poderes Judiciário e Executivo concretizam mais uma ação para melhorar o sistema prisional do Estado. “Nosso principal objetivo é trazer essas pessoas que estão no sistema para o convívio social. Isso só é possível com educação e trabalho. Na Paraíba, já estão em funcionamento dois Escritórios Sociais, um em João Pessoa e outro em Campina Grande, como forma de efetivar a cidadania dessas pessoas e inseri-las no mercado de trabalho”, comentou o desembargador Joás de Brito.

A juíza Michelini Jatobá ressaltou a importância da realização do seminário. “É indiscutível a necessidade de ações como as desenvolvidas pelos escritórios sociais, que buscam facilitar o acesso às políticas sociais e construir um espaço para aqueles que passaram pela experiência prisional. Devemos destacar que tivemos muitos avanços, porém ainda há muito a ser feito no que se refere às ações de mobilização e participação social na construção de alternativas de reintegração social das pessoas egressas do sistema. Neste sentido, o GMF tem cumprido seu papel por meio do apoio técnico do Programa Fazendo Justiça, trabalhando em várias ações estratégicas voltadas para a superação dos desafios estruturais e históricos da privação de liberdade”, observou.

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Participantes ouviram atentos os debates
Para a secretária de Desenvolvimento Humano, Pollyana Dutra, o Estado não pode se omitir e nem fomentar qualquer tipo de violência. “Nós acreditamos que se um egresso consegue se ressocializar, é bom para todo mundo. A violência nos divide, nos separa e atinge a sociedade de forma extremamente maléfica. Como poder público, é nosso papel amenizar essa situação de ausência de direitos”, destacou Pollyana Dutra, que estava representando o governador da Paraíba, João Azevedo.

Como palestrante, o juiz Jonatas Santos Andrade falou sobre a importância dos Escritórios Sociais. “Atualmente, já estão funcionando mais de 30 equipamentos no Brasil e a Paraíba vai receber mais três escritórios nos municípios de Sousa, Patos e Cajazeiras”, adiantou o representante do CNJ.

Os Escritórios estão presentes em 22 unidades da Federação, com mais de 20 mil atendimentos realizados nos últimos dois anos. “Essa é uma política consolidada pelo Conselho Nacional de Justiça de atendimento qualificado à pessoa egressa. O objetivo é que o Estado, por meio de ação integrada entre Judiciário e Executivo, promova uma nova trajetória cidadã para pessoas que tiveram contato com o cárcere e seus familiares, facilitando o acesso a serviços e direitos previstos em lei”, pontuou Jonatas Santos.

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Apresentação do Coral Vozes Passageiras, formado por reeducandas
A gerente do Escritório Social na Paraíba, Anna Paula Batista, afirmou “que atualmente, mais de 1.500 pessoas são atendidas no Estado, com encaminhamento ao mercado de trabalho, às redes de Saúde, Educação e políticas públicas de assistência social, além de atendimento a mulheres vítimas de violência. Na verdade, é uma gama de serviços que atendemos, executamos e encaminhamos”, revelou.

Segundo o chefe de Gabinete da Secretaria Estadual da Administração Penitenciária, delegado Técio Chaves, “um seminário como esse nos traz reflexões sobre o papel da pessoa que foi privada de liberdade e redefinição de uma nova trajetória e perspectiva de vida”, definiu. O delegado estava representando o secretário da Seap, João Alves.

Programação – Ainda dentro da 1º Seminário Estadual sobre Políticas de Atenção às Pessoas Egressas do Sistema Prisional da Paraíba serão abordados ‘O Papel do Trabalho e da Educação na Construção de Novos Caminhos: dificuldades e possibilidades’; ‘Saúde Mental e o Sistema de Justiça: seguindo as trilhas do cuidado antimanicomial como direito humano’; “Direitos da População LGBTQIAP+ Privada de Liberdade e Egressa do Sistema Prisional: o direito de ser quem é’, como também ‘A Política de Atenção às Pessoas Egressas do Sistema Prisional na Paraíba e a Participação Social’ e ‘Novos Rumos da Política de Atenção à População Egressa do Sistema Prisional no Brasil’.

Por Fernando Patriota

 

 

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