O desembargador considerou a experiência muito positiva em que se abre a mente para uma perspectiva diferente a partir da troca de informações sobre o que é feito em outros estados. “Isso dá suporte e base para montar um modelo mais próximo do ideal para a Justiça Restaurativa na Paraíba. Estamos muito felizes pela oportunidade de estar aqui e ter uma diversidade de informações e troca de experiências com juízes, servidores, professores, psicólogos, policiais, enfim, um ambiente muito rico. Graças ao incentivo que temos recebido do presidente João Benedito a Paraíba está se encaminhando para ter no futuro uma JR de excelência”, avaliou o coordenador do Nejure, Oswaldo Filho.
Programação
No primeiro dia do encontro aconteceu uma palestra com a psicóloga educacional americana, Kathy Evans, que falou sobre a relação de como promover a responsabilidade, cura e esperança nas escolas. Na sequência, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, que é conselheiro do CNJ e coordenador da Justiça Restaurativa no Brasil, falou sobre a importância de ter esse olhar para a educação, área que considera a base de tudo e reconhecimento da cidadania.
No segundo dia (24) pela manhã aconteceram palestras de alguns expoentes da Justiça Restaurativa falando sobre a questão escolar, a exemplo do desembargador Leoberto Brancher, do Rio Grande do Sul, e os juízes Eguiberto Penido e Marcelo Salmaso, de São Paulo; que apontaram o pioneirismo da JR nas escolas, além da juíza federal e membro do comitê gestor de São Paulo, Kátia Roncada sobre a temática.
“Ela traçou todo diagnóstico da situação escolar e a perspectiva da violência na escola: como nasce, sua origem, o perfil das pessoas que praticam violência nas escolas, a figura da área do bullying, cyberbullying, violência disseminada no ambiente da internet , de jogos… foi uma fala de muita qualidade na perspectiva de pesquisa científica “, exaltou o coordenador do Nejure na Paraíba.
Em seguida, foi a vez da juíza auxiliar da Presidência do Tribunal de Justiça do Tocantins, Rosa Maria, que coordena toda a questão relacionada ao JR no Estado de Tocantins falar.
Durante o encontro foram apresentadas algumas situações práticas chamadas de “pitch de boas práticas”. “Foi interessante porque trouxe experiências de várias partes do Brasil que eram colocadas em prática e explanadas em quatro minutos”, ressaltou o desembargador Oswaldo.
Outra palestra importante foi ministrada pela educadora e membro de um comitê de justiça em Chicago (EUA), Eboni Rucker, que mostrou a experiência desenvolvida por ela e como se transformou índices altíssimos de violência em níveis muito baixos, conforme atestou o magistrado paraibano.
No último dia do Encontro Nacional de Justiça Restaurativa na Educação foram realizadas algumas práticas na Escola Superior da Magistratura do Tocantins, com a reunião de grupos de trabalho. Por fim, as atividades terminaram com a exposição do palestrante João Salm que é professor da Universidade de Chicago e PHD em Escola de Justiça e Investigação Social do Arizona. Ele falou sobre a prisão na experiência americana. Coube ao ministro Luiz Philippe Vieira de Mello filho o encerramento do evento, que contou com a presença de mais de 600 participantes.
Por Walquiria Maria