A juíza auxiliar da VEP, Andréa Arcoverde, disse que o trabalho desenvolvido pelos (as) assistentes sociais nos presídios e cadeias públicas é de fundamental importância para a ressocialização das pessoas privadas de liberdade. “O papel desses profissionais visa assegurar os direitos do reeducando e da reeducanda, com base nas boas práticas humanas, viabilizando a concretização da defesa dos direitos humanos e, sobretudo, a ressocialização”, destacou a magistrada, que justificou sua ausência no evento, devido sua agenda de audiências.
Ela lembrou que o Serviço Social é uma profissão regulamentada e comprometida com a ética e qualidade dos serviços prestados à população. Este ano, o Serviço Social celebra os 30 anos do seu Código de Ética e da Lei de Regulamentação Profissional (8.662/1993). Atualmente, são mais de 210 mil assistentes sociais em todo o Brasil.
A assistente social Luzia Sabino Vieira, lotada na Penitenciária de Psiquiatria Forense (PPF), falou sobre o fazer profissional no Sistema Penitenciário. “Nesse processo de ressocialização buscamos garantir seus direitos sociais, civis e políticos, desta forma não podemos vislumbrar o sistema prisional como uma forma de aplicação de medidas punitivas e sim como uma forma de superação da realidade na qual estão inseridos”, afirmou.
Nessa rotina profissional, conforme ela, o (a) assistente social é convidado (a), diariamente, ir além das visitas aos pavilhões, dos acompanhamentos às unidades de saúde, das buscas incessantes por direitos negados e estendendo-se aos atendimentos das demandas provenientes dos seus próprios familiares, principalmente no que se refere ao auxílio-reclusão, as políticas sociais e demais direitos inerentes a estes.
O presidente do Conselho da Comunidade, policial penal Thiago Robson dos Santos Lopes, afirmou que a atuação da assistência social no sistema penitenciário é heroica e resiliente, superando todos os desafios, visando preparar o apenado para o retorno ao convívio social. “Aliás, incumbe ao Serviço Social o amparo também aos familiares. Em suma, todo o êxito obtido tem a integral participação do Serviço Social. O que nos motiva, cada vez mais, é enaltecer o serviço de excelência prestado por estes relevantes profissionais”, disse.
CNJ – A coordenadora estadual do Programa Fazendo Justiça, no âmbito do Poder Judiciário estadual, Thabada Louise, falou sobre o significado do Serviço Social nos presídios e penitenciárias. “Avaliamos que o desempenho das funções do (a) assistente social assegura os direitos da pessoa privada de liberdade tendo como posicionamento a equidade e justiça social, como também busca garantir e assegurar os direitos básicos”.
Por Fernando Patriota