Os réus Denivaldo dos Santos Silva (Paulistinha), Joaquim Nunes dos Santos (Xana) e Wellington Soares Nogueira (Etinho) serão levados a Júri Popular, no próximo dia 27, perante a 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campina Grande. Eles são acusados de ter matado, em um ritual de magia negra, um garoto de cinco anos de idade. A mãe da vítima, Laudenice dos Santos Siqueira, também participou do crime e já foi condenada a 34 anos de prisão pelo 2º Tribunal do Júri de Campina Grande. O fato aconteceu em 2015, no município de Sumé, mas os julgamentos foram desaforados para evitar tentativas de agressão ou morte dos envolvidos.
Os três réus e a mãe do garoto foram pronunciados pela juíza Giovanna Lisboa Araújo de Souza. Em sua decisão, a magistrada, hoje do Cartório Unificado e diretora do Fórum da Comarca de Cabedelo, afirmou que existem provas de materialidade e indícios de autoria do crime. “Existem elementos que autorizam a pronúncia dos réus”, pontuou a juíza. Os réus estão pronunciados no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I, III, IV, bem como artigos 212, caput 288, parágrafo único, e 339, caput, todos do Código Penal.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, na noite de 11 de outubro de 2015, na localidade denominada de Serra do Boqueirão, em Sumé, os réus mataram o garoto de cinco anos. A acusação informa que o crime foi praticado durante um ritual de magia negra, com a finalidade de obter o sangue da criança. De tal ritual participaram a mãe (Laudenice), o padrasto (Joaquim), o vizinho dos pais (Denivaldo) e Wellington, sendo esse o conhecedor do ritual a ser praticado.
Após obterem o sangue da vítima, os réus mutilaram o cadáver em várias partes, ocultando-o em seguida. Logo que perceberam a grande procura pela criança o corpo foi abandonado em um lugar visível, onde foi encontrado.
Por Fernando Patriota