Presidente Saulo
Desembargador Saulo Benevides apoia a Campanha do Laço Branco
“Jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência”. Este é o lema da Campanha do Laço Branco, lembrada em 6 de dezembro, considerado o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A data marca, também, os 16 dias de ativismo pelo fim da violência. Solidários à causa, o Presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides, demais Desembargadores e magistrados apoiam a iniciativa.

Uma das metas prioritárias da atual gestão do TJPB é incentivar e dar suporte a todas as ações voltadas ao enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. “Sempre temos dado o apoio administrativo às atividades desenvolvidas pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça, primando por um serviço de excelência em prol não só de uma prestação jurisdicional eficiente, mas, especialmente, combatendo de forma enérgica esse tipo de violência, que infelizmente ainda persiste em nossa sociedade, e apoiando campanhas como esta”, afirmou o Presidente Saulo Benevides.

Juíza Anna Carla
A juíza Anna Carla destacou a importância da campanha
A juíza coordenadora da Mulher do TJPB, Anna Carla Falcão Cunha Lima, lembrou que o homem, atribuído da masculinidade tóxica, tem causado, desde os primórdios da humanidade, sérios problemas, notadamente, na vida das mulheres. Para ela, isso é decorrente da falta de formação e do meio social em que vivem.

A magistrada conclamou que a sociedade, de uma forma geral, para se unir e combater essa situação alarmante, de forma a mudar a educação dos filhos, para que eles acreditem que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações e, assim, cresçam conscientes de que devem seguir padrões certos.

Anna Carla destacou que a data representa um marco importante. Com a adesão de juízes e desembargadores, a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Tribunal de Justiça da Paraíba espera levar à sociedade uma mensagem sobre a necessidade de mudança na postura dos homens em seus lares.

“Os homens, inseridos nesse quadro de violência, precisam canalizar seus pensamentos, atos e emoções, aprendendo a lidar com possíveis adversidades, de forma que possam viver sem esse mal, que os tornam infelizes, assim como a todos que com eles convivem”, disse a juíza. “Essa necessidade premente, por parte de alguns homens, de imporem sua masculinidade acima de tudo e de todas as mulheres, notadamente, gera os vários tipos de violência”, salientou Anna Carla Falcão.

A magistrada enfatizou, igualmente, que, aplicadores do direito, assim como ela, lidam com essa violência cotidianamente, não bastando apenas punirem os agressores, tendo em vista que, em algumas situações o mal já está instalado e é irreversível e, noutras, o sujeito ativo dessas violências precisam serem cuidados para que não voltem a reincidir.

“Temos que parar e fazermos uma reflexão sobre o que podemos, como seres humanos, contribuir para diminuir o quantitativo de violência contra as mulheres no nosso Estado. Cada um dentro da sua missão e limitações, mas fazendo a sua parte, tudo com vistas a romper esse catastrófico ciclo de violência e construir um mundo pautado na paz e no amor”, realçou.

Origem – A data de 6 de dezembro foi instituída como o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres por meio da Lei Federal nº 11.489/2007. A data remete a um evento ocorrido em 1989, em Montreal, no Canadá, quando Marc Lepine, de 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, ordenou que os homens se retirassem e começou a atirar, assassinando 14 mulheres. O rapaz suicidou-se em seguida, havia deixado uma carta justificando o ato: não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente masculino.

No Brasil, a Campanha do Laço Branco é coordenada pela Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG) e constituída por um conjunto de organizações não governamentais e núcleos acadêmicos. Ela promove eventos e atividades com o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher. E atua no espaço público, escolas, instituições de saúde, empresas públicas, privadas, divulgando material informativo e educativo.

Por Lila Santos

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