A Comarca de Pedras de Fogo realizou, nessa terça-feira (18), mais um júri popular, dando continuidade à pauta de julgamento de réus presos iniciada em fevereiro deste ano. “Apesar do Ato 12/2021, que suspendeu atividades presenciais por causa da pandemia da Covid-19, júris de réus presos são medidas excepcionais, que vão continuar ocorrendo de forma presencial, respeitando todos os protocolos sanitários”, explicou a juíza Higyna Josita Simões de Almeida, titular da Vara Única.
Nessa terça-feira, foi realizado o julgamento do processo nº 08000015-43.8.15.0571, que teve como réu Denylson da Silva Marques, condenado a uma pena de 16 anos e 96 meses por assassinato de sua ex-companheira Pâmela Neri Ramos Quinzinho, 16 anos. Denylson foi levado a júri cerca de 100 dias depois do crime. “A celeridade no julgamento de processos dessa natureza é indispensável, principalmente por ser caso de feminicídio, que atinge altos números no País”, observa a magistrada.
Consta no processo que o relacionamento dos dois era permeado por prática de violência doméstica contra a menor. O feminicídio teve repercussão na região e ficou conhecido como ‘Caso Pâmela’. Baleada na cabeça, a adolescente morreu em frente à casa onde morava com a avó, que presenciou o crime.
“Com relação aos júris, aqui e em outras comarcas da Paraíba, são feitos com medidas de segurança. Fazemos testes nos jurados, nas testemunhas, no réu e em todos que participarão do julgamento. Há a exigência do uso de máscaras, disponibilização de álcool gel 70% e só ficam na plenária os integrantes do julgamento, ou seja, sem a presença de público externo”.
Os júris estão sendo transmitidos pelo canal YouTube ao vivo para que o público em geral possa acompanhar, pelo canal do YouTube, no Plantão do Povo, com Vinicios Ferreira.
Por Gilberto Lopes/Gecom-TJPB