A gerente de Controle Interno do Tribunal de Justiça da Paraíba, Rossana Guerra, ministrou, na manhã dessa quinta-feira (22), palestra no 6º Fórum de Boas Práticas de Auditoria e Controle Interno do Poder Judiciário, evento 100% virtual organizado pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), com apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, a gerente abordou o tema “Consultoria – o que é, como fazer e quando não fazer”, ao lado do secretário de auditoria do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Diocésio Sant’anna.
Para responder ao primeiro tópico proposto, ou seja, “o que é consultoria?”, a gerente Rossana Guerra revisitou conceitos da atividade de auditoria interna, que, ao longo de sua evolução, passou do entendimento tradicional de avaliação, em 1946, e ganhou atividades adicionais, como a noção de serviço de recomendações, conselhos e informações, em 1973, e avaliação e consultoria, no conceito atualizado em 1999.
“Neste conceito, os serviços vêm expressamente definidos e têm um escopo claramente estabelecido. Não se trata de consultoria genérica, mas de consultor em processos específicos de gerenciamento de risco, controle e governança. É este escopo que deve nortear a nossa atuação. Ainda não sabemos o que virá em conceitos futuros, mas a história mostra que a tendência é de acréscimos de serviços para a auditoria”, esclareceu a gerente.
Em relação ao conceito de consultoria, Rossana Guerra explicou que a definição própria é genérica, porém, traz elementos restritivos e exemplos não limitantes. “Conforme a norma do IPPF, trata-se de atividades de aconselhamento e serviços relacionados ao cliente”, disse, enfatizando que isso abarca os processos de governança e gerenciamento de riscos e controle.
Já no tocante ao questionamento “como fazer consultoria?”, a gerente frisou os desafios. “Estamos condicionados a um trabalho estruturado e conservador, então, é um desafio não termos um modelo de relatório, um roteiro ou um formato definido para cada tipo de serviço. No entanto, essa falta de roteiro não é necessariamente uma desordenação. Precisamos nos habituar a um novo paradigma de trabalho. Tudo depende, também, do acordo com o cliente. Em relação ao quando não fazer, é preciso atentar aos limites trazidos pela norma. Ou seja, nunca posso fazer quando o serviço implica na assunção, pelo auditor, de qualquer responsabilidade que seja da Administração. É preciso separar consultoria dos auxílios ou cogestão”, salientou.
O evento – O 6º Fórum de Boas Práticas de Auditoria e Controle Interno do Poder Judiciário teve início nessa quarta (21) e segue com programação de palestras e cases até esta sexta-feira (23), sendo transmitido pela plataforma Webex CNJ e pelo canal oficial do TJMT no YouTube. A sexta edição do evento tem, como objetivo, oportunizar aos servidores da Justiça de todo o País a aquisição de conhecimento sobre governança, gestão e monitoramento de riscos, como também trazer a discussão de temas na área de auditoria e controle interno.
Nesta edição, o fórum aborda, também, a aquisição de conhecimentos relacionados ao impacto da pandemia no trabalho da auditoria interna. Para mais informações, a exemplo de programação e histórico do evento, basta acessar a página do fórum na internet: https://sextoforumdeboaspraticas.tjmt.jus.br/o-forum-tjmt.html.
Por Celina Modesto / Gecom-TJPB