Para o autor, que também é diretor da Escola Superior da Magistratura (Esma) e imortal da Academia Paraibana de Letras, Frei Tito foi um padre de vanguarda, muito à frente do seu tempo. “Era um padre que se identificava muito com os leigos da OTC e com os jovens, bem como sabia dialogar com todas as religiões”, ressaltou o magistrado.
O trabalho literário tem editoração do programador visual, Martinho Sampaio, e o selo da A União Editora. O livro tem 184 páginas e é distribuído em 10 capítulos. O prólogo é de José Leite Guerra e a apresentação da professora Maria Aparecida Medeiros de Lucena.
Esta é a terceira obra publicada pelo desembargador Marcos Cavalcanti em 2020. A primeira foi Monte-Mor, que é o nome mais antigo da cidade de Mamanguape e abordou o conflito entre brancos e índios. A segunda obra, intitulada Legislação Indígena, é uma plaquete com textos dos Direitos Indígenas. O magistrado é autor, ainda, dos romances A Preta Gertrudes e Gurguri.
Frei Tito Figueirôa de Medeiros faleceu no dia 28 de março deste ano. Era escritor e professor com pós-doutorado em antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aposentado, continuou como voluntário nas bancas de avaliação de mestrado e doutorado. A última obra escrita pelo ecumênico foi em 2017, intitulada: “Frei Caneca – vida e escritos”.
O padre teve papel importante na pastoral dos pobres e das minorias, estudou e defendeu teses sobre os quilombos e as aldeias indígenas. Ele estudou, ainda, fenômenos sociais como a ‘Feira de Caruaru’ e o bloco carnavalesco ‘O Galo da Madrugada’, em defesa de seus registros como patrimônio imaterial do Estado de Pernambuco.
Por Marcus Vinícius/Gecom-TJPB