Nesta terça-feira (15), teve início a formação técnica dos profissionais que vão atuar no Escritório Social da Paraíba. No total, são 10 especialistas nas áreas de Serviço Social, Psicologia, Pedagogia e Advocacia. Seis desses graduados vão operar em João Pessoa e quatro em Campina Grande. A partir dessa formação, que tem a duração de duas semanas, será traçado um plano de ação para a execução das atividades práticas do equipamento social.
“A formação acontece durante dois dias na semana, sempre nas terças e quintas-feiras. Passamos os quinze primeiros dias de funcionamento no processo de total estruturação dos serviços, no tocante à solução de questões burocráticas e administrativas, a exemplo de recebimento de móveis e computadores, informou a gerente do Escritório Social, Ana Paula Batista dos Santos, que é mestre em Serviço Social e doutoranda em Sociologia.
Ela adiantou que a Gerência do Escritório Social aguarda que a verba do convênio com o Governo Federal seja depositada na conta do Governo do Estado. “Nessa segunda-feira (14), foi dada a entrada no processo de contratação da equipe que vai atuar no Escritório. Na semana passada, aconteceu uma reunião com o secretário de Administração Penitenciária, coronel Sérgio Fonseca, onde foram abordadas as possibilidades de parcerias com outras secretarias, para um melhor serviço aos nossos usuários”, acrescentou a gerente.
No Escritório Social, serão disponibilizados atendimentos e suporte às pessoas que saem dos presídios e seus familiares, em diversas áreas, como: saúde, qualificação, encaminhamento profissional, atendimento psicossocial, assistência jurídica e regularização de documentação civil. O equipamento será administrado pelas Secretarias de Estado de Administração Penitenciária e de Desenvolvimento Humano.
Inaugurado no dia 28 de agosto, em João Pessoa, o Escritório Social, na Paraíba, entra em sua terceira semana de funcionamento. A iniciativa integra um dos eixos do Programa Justiça Presente do Conselho Nacional de Justiça, e nasceu de uma parceria inédita entre o CNJ, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Departamento Penitenciário Nacional (Depem), o Poder Judiciário estadual e o Governo da Paraíba.
Presidente do TJPB – Ao falar a respeito do Escritório Social, durante a inauguração do equipamento, o presidente do TJPB, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, disse que o Poder Judiciário tem olhar social e não se limita a julgar processos. “As chamadas varas sociais, exemplo das de Família, Execução Penal e Violência Doméstica são unidades judiciárias que ensejam a necessidade de termos um Judiciário proativo, que traga resultados práticos. O Escritório Social é justamente isso, uma união de várias instituições, com trabalho conjunto, visando alcançar a ressocialização dos egressos”, comentou.
Por Fernando Patriota/Gecom-TJPB