Um crescimento de 3,41% foi verificado no Índice de Produtividade dos Servidores (IPS-Jud) do Judiciário Estadual paraibano. O dado consta do Relatório Justiça em Números 2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), demonstrando que o referido índice passou de 88 em 2018 para 91, no ano de 2019.
O incentivo à produtividade dos servidores é meta que vem sendo trabalhada na atual gestão do Tribunal de Justiça da Paraíba. De acordo com o presidente do TJ, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, a ideia é promover a impessoalidade para que o servidor e o magistrado possam trabalhar com segurança, sabendo que as suas obrigações funcionais estão sendo fiscalizadas e, em alguns casos, premiadas.
“Estamos expandindo a compra de BI (Business Intelligence) para que possamos saber, com transparência e precisão, a produtividade de cada servidor e magistrado da Paraíba em tempo real. Isso é muito importante não só para promovermos uma melhor organização das metas, como, também, para verificarmos onde estão os pontos mais fracos da corrente produtiva e identificarmos os servidores que melhor produzem, para que sirvam de paradigma aos demais”, explicou Márcio Murilo.
O presidente defendeu, ainda, que os administradores devem pensar em novas soluções de gestão e que é possível aproximar métodos utilizados no setor privado no âmbito da gestão pública, como prêmios por produtividade, uso de ferramentas eficazes de controle e medição de produtividade com sistemas eletrônicos, entre outros exemplos.
A gerente de Pesquisas Estatísticas do TJPB explicou que o IPS-Jud é calculado a partir do total de processos baixados dividido pelo total de servidores da área judiciária em efetivo exercício no período em questão.
“Apesar de ser um aumento pequeno, já reflete o trabalho que veio sendo feito durante o ano pela atual gestão do TJPB. A média calculada entre os TJs de pequeno porte foi de 0,93%, então, tivemos um aumento até superior”, revelou.
Quando calculado separadamente entre as instâncias, o resultado do índice continuou apresentando crescimentos do ano de 2018 para 2019. No 1º Grau, passou de 92 para 94, variando positivamente em 2,17. Já no 2º Grau, aumentou de 62 para 65, sendo 4,84% maior em relação ao ano anterior.
“Ainda não é o ideal, mas está em ascensão e isso é muito significativo. É questão de um trabalho de poucos anos, que já começou e que precisa ser mantido. A grande conquista é que revertemos a tendência à queda que os índices vinham apresentando e, agora, eles estão crescendo”, analisou a gerente.
Por Gabriela Parente / Gecom – TJPB