O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Região da Comarca de Guarabira segue com a retomada gradual das atividades de atendimento ao jurisdicionado, por meio da realização de audiências por videoconferência. Com o início dos trabalhos no mês julho, os resultados obtidos foram 386 pessoas atendidas; 117 audiências agendadas, sendo realizadas mais de 50% (72) e o montante de R$ 47.500,00 de valores acordados. No mês de agosto, ocorrem as sessões virtuais de mediação em processos de família e conciliações nos demais feitos.
A coordenadora do Cejusc Guarabira, juíza Kátia Daniela de Araújo, ressaltou que a situação da saúde pública vivida atualmente culminou na necessidade do Poder Judiciário estadual desenvolver meios de comunicação e realização de métodos que dispensassem a presença física das partes, mantendo a eficiência na realização dos atos judiciais. A magistrada enfatizou, igualmente, que o Cejusc de Guarabira promoveu a retomada das audiências, no formato digital, voltada à conciliação entre as partes. Esclareceu que o contato com os jurisdicionados vem ocorrendo por telefone ou por aplicativo de mensagem.
“O Cejusc tem garantido o bom trabalho e eficiência, na medida em que os autores dos litígios são chamados a participarem das audiências, de forma a promover o acordo entre as partes, culminando na pacificação social. O principal objetivo é, precipuamente, promover a paz entre as partes, logrando o acordo de maneira que todos saiam satisfeitos com os resultados”, pontuou Kátia Daniela, acentuando que, nessa nova realidade, estão sendo desenvolvidos meios de contatos virtuais entre os litigantes, a fim de alcançar a transação almejada.
Para o mediador judicial e supervisor do Centro, Jesiel Rocha, a plataforma do Ambiente Virtual de Mediação Conciliação é uma saída para este “novo normal”, e, as dificuldades proporcionam oportunidades de conhecer novos horizontes. Segundo ele, a plataforma virtual permite que diversos mediadores e conciliadores, espalhados pelo país, dentro do geomapeamento dos conflitos, possam realizar as audiências com as partes de qualquer lugar.
“Isso é econômico e célere, pois podemos realizar audiências com os jurisdicionados, advogados e os mediadores e núcleos do país inteiro, ou seja, o ambiente propõe uma expansão da visão de mediação universal. No entanto, deixo registrado, como observação, que a Mediação precisa do contato humano, do olhar, um gesto, isto faz muita diferença de forma presencial, mesmo diante do ‘novo normal’ que vivenciamos”, realçou Jesiel Rocha, lembrando que as audiências on-line contam com o apoio da 3ª Vara de Guarabira, por meio da juíza Higia Porto, da Promotoria e Defensoria Pública.
Por Lila Santos/Gecom-TJPB