O Tribunal de Justiça da Paraíba concluiu, no início da semana, a expansão do PJe para a área criminal em todo o Estado. Com isso, o Judiciário estadual paraibano encerrou a possibilidade de entrada de novos processos de forma física, iniciando uma fase exclusivamente eletrônica, com exceção, apenas, dos feitos físicos que já tramitavam e que estão migrando para a plataforma virtual.

Juiz Meales Melo
De acordo com o juiz auxiliar da Presidência, Meales Melo, a conclusão da expansão do PJe para a área criminal implica num novo paradigma para a Justiça paraibana. “Agora, podemos dizer que todos os novos processos do TJPB, de qualquer competência, em qualquer vara do Estado, será sempre eletrônico, seja através do SEEU, seja através do PJe. Desde segunda (17), fechamos integralmente a porta de entrada de novos processos físicos no Judiciário paraibano”, enfatizou.

O gerente do PJe, Ney Robson, que está à frente da expansão do sistema para a área criminal e das capacitações, informou que já estão sendo distribuídos no PJe em todo o Estado os inquéritos novos, medidas protetivas, autos de prisão em flagrante e toda a matéria criminal, inclusive, nos plantões judiciários.

Ney explicou que, na última fase de expansão, foram contempladas as unidades com competência criminal exclusiva ou concorrente (em que o processo é sorteado entre as varas da comarca) e que a maioria não utilizava o Processo Judicial eletrônico. Nestas unidades criminais, os processos novos passaram a ser distribuídos na plataforma.

A migração dos processos criminais físicos para o PJe por meio do Projeto Digitaliza também está acontecendo, concomitantemente. As unidades estão efetuando a digitalização dos feitos. “A expectativa é que até dezembro todo o acervo esteja totalmente virtual”, afirmou.

Ney Robson

Ney Robson revelou que, até essa terça-feira (18), um total de 1.426 processos da seara criminal haviam sido distribuídos no PJe em todo o Estado, assim relacionados: 633 da área Criminal, 553 relacionados à violência doméstica contra a mulher, 168, ligados a Entorpecentes, 69, ao Tribunal do Júri e três para a Justiça Militar. Já os feitos criminais migrados para o PJe somaram 4.345, sendo 3.551 criminais, 358 do Tribunal do Júri, 282 da Violência Doméstica e 154 ligados a Entorpecentes.

Os treinamentos também ocorreram seguindo cronograma previsto na Resolução nº 20/2020. No primeiro momento, as varas piloto foram treinadas. A segunda etapa compreendeu todas as unidades que já trabalhavam com o PJe. E a última, voltada às unidades de competência privativa e concorrente, ocorreu de 11 a 14 de agosto, tanto para magistrados como para servidores, com uma parte telepresencial e outra, na modalidade EaD.

“O feedback do curso telepresencial, no momento das apresentações, foi muito bom, com as pessoas atestando a compreensão dos conteúdos. Também disponibilizamos uma plataforma para treinamentos práticos que está sendo usada para aprimoramento do uso e para tirar dúvidas. As aulas estarão disponíveis até o dia 30 de setembro e não temos intenção de retirá-las do ar, até porque é um repositório de conhecimentos. O sistema está se comportando bem e estamos acompanhando e tirando todas as dúvidas dos usuários”, declarou Ney Robson.

Por Gabriela Parente / Gecom – TJPB

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