No início das sessões de julgamento desta terça-feira (28), a Primeira e Terceira Câmaras Cíveis e a Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba aprovaram, por unanimidade, Votos de Pesar pelo falecimento do ex-presidente do Judiciário estadual, desembargador Júlio Paulo Neto. O magistrado morreu na noite desse domingo (26), aos 80 anos, vítima de insuficiência renal.
O presidente da Câmara Criminal, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, deixou claro que a propositura da homenagem é de todo o colegiado. Ao falar em nome dos integrantes da unidade, Joás de Brito disse que Júlio Paulo Neto era um homem de sorriso largo e amigo de todos. “Sempre foi uma pessoa muito querida. Ocupou os cargos mais relevantes da magistratura e chegou a ser governador do Estado. Um grande amigo e vai deixar muitas saudades”, comentou o magistrado.
Ao propor o Voto de Pesar, na Primeira Câmara, a desembargadora-presidente Fátima Bezerra Cavalcanti falou das qualidades do amigo, além de ressaltar seu estilo de administrar diferenciado. Para o desembargador José Ricardo Porto, Júlio Paulo Neto possuía uma capacidade de fazer e conquistar amigos, era tido como um conciliador.
“Não há um ato que manche a trajetória de vida de Julinho, seja ele como presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba e do Tribunal Regional Eleitoral; como procurador-geral de Justiça e como governador do Estado em exercício”, pontuou. Já para o desembargador Leandro dos Santos, que trabalhou com Paulo Neto na Corregedoria-Geral de Justiça e na Presidência do TJPB, a Justiça paraibana perde um grande magistrado. “Era uma pessoa diferenciada e extramente humilde”, falou.
Na Terceira Câmara Cível, o autor da propositura foi o desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides. Para o magistrado, Paulo Neto sempre se colocou à disposição, dentro da legalidade, em ajudar e colaborar com as pessoas. “Fica o seu legado e seu exemplo para toda a Paraíba, sempre trilhando o caminho da dignidade e honestidade, e, como magistrado, da legalidade”, enfatizou Benevides.
A desembargadora Maria das Graças Morais Guedes ressaltou que o ex-presidente do TJPB foi um conciliador e que demonstrou muita sabedoria na condução dos cargos que exerceu. “Era impossível o desembargador Júlio Paulo Neto passar sem ser notado, bem típico das pessoas que têm um brilho próprio e deixam sua luz por onde passam”, disse.
Em seguida, o desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque enfatizou que Paulo Neto por onde caminhava deixava uma semente de amizade e bem querer. “Além de ser bastante carismático, deixou grandes amigos e uma lacuna na Justiça do Estado”. Ainda na Terceira Câmara Cível, o juiz convocado Aluízio Bezerra Filho falou do legado deixado no âmbito do TJPB e do Ministério Público. “Era um homem de visão administrativa e um ser humano maravilhoso”.
Por Fernando Patriota e Marcus Vinícius/Gecom-TJPB