O segundo ano da Campanha ‘Meu corpo não é sua folia’, que utiliza o período dos festejos de carnaval para conscientizar a população paraibana acerca dos crimes de importunação sexual (Lei nº 13.718/18), foi tema de reunião realizada na manhã desta segunda-feira (13), no Ministério Público Estadual. A coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba, juíza Graziela Queiroga, participou do encontro de trabalho, que definiu, dentre outras ações, o lançamento da campanha para o dia 5 de fevereiro, na sede da PBTur, às 9h.
Além disso, ficou definida a participação da Rede de Atenção à Mulher na Festa da Luz, em Guarabira, no dia 29 de janeiro. Outras reuniões junto a potenciais parceiros da campanha serão realizadas nos próximos dias 17 e 20 de janeiro, respectivamente, com a Rede Nord e órgãos do movimento carnavalesco de João Pessoa. Também participaram da reunião representantes dos órgãos que integram a Rede Estadual de Atenção às Mulheres Vítimas de Violência da Paraíba (Reamcav), tais como o Ministério Público Estadual, a Patrulha Maria da Penha, Defensoria Pública, Polícia Civil, Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana e Prefeitura de João Pessoa, além da deputada estadual Camila Toscano.
A coordenadora das Delegacias da Mulher da Paraíba, delegada Maysa Félix, salientou que a continuação da Campanha mostra que a Rede de Proteção à Mulher funciona no Estado. “No período de momo, verificamos que muitas vezes o indivíduo não respeita o corpo da parceira. Porém, com a divulgação da iniciativa do ‘Meu corpo não é sua folia’ nos meios de comunicação, fortalecemos a Campanha e a sociedade consegue se conscientizar acerca desse tipo de crime”, afirmou.
Por sua vez, a gerente executiva de Gênero da Secretaria de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Joyce Borges, explicou que a Campanha foi pensada principalmente pela necessidade de informar às mulheres sobre os seus direitos. “Sabemos que, infelizmente, no carnaval, existe uma cultura patriarcal que acredita que o corpo da mulher está disponível. Com isso, passamos a mensagem às mulheres paraibanas de que não existe a disponibilidade do seu corpo e que elas não devem ser importunadas. Quando ela diz não, é não”, enfatizou.
Por Celina Modesto / Gecom-TJPB