O Coral Vozes Passageiras, do Presídio Feminino Júlia Maranhão, abriu o “Dezembro Vermelho” com apresentação, nessa segunda-feira (2), no Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga (CHCF), na Capital. O evento faz parte das celebrações alusivas à campanha de conscientização sobre diagnóstico, prevenção e tratamento do vírus HIV/Aids. O Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, é referência para o tratamento da doença, sendo responsável pelo acompanhamento de 90% dos pacientes do Estado.

O maestro adjunto e preparador vocal, servidor do Judiciário estadual Sérgio Paiva, ressaltou a importância da apresentação do coral no evento. “Mais uma vez, o Vozes Passageiras se apresentou de forma bem irreverente, alcançando muitos elogios e um público bastante caloroso”, destacou.

Dentro do projeto de ressocialização pela música, tanto o Coral Feminino do Presídio Júlia Maranhão, como o masculino, Vozes para a Liberdade, do Presídio Sílvio Porto, realizam apresentações em variados eventos ao longo do ano. Na semana passada, os dois corais participaram da 17ª edição do Festival Paraibano de Coros (Fepac), que aconteceu no Espaço Cultural, em João Pessoa. A magistrada Andréa Arcoverde Cavalcanti Vaz, auxiliar na Vara de Execuções Penais da Capital e coordenadora dos Corais, acompanhou as apresentações e disse que foram emocionantes.

Segundo a juíza, os familiares dos apenados marcaram presença na plateia, onde todos aplaudiram de pé as apresentações, demonstrando o êxito do processo de reintegração social deles, que, além de tudo, estão envolvidos em projetos sociais e próximos aos seus familiares. Na opinião da magistrada, isso é decisivo para a verdadeira ressocialização. “Quando eles saírem do sistema prisional estarão voltados a uma nova realidade, uma nova vida, principalmente, acompanhados de seus familiares, com o fortalecimento da base familiar. Nós estamos satisfeitos com o resultado desse trabalho, que tem sido muito positivo para o sistema penitenciário, para os apenados e seus parentes”, salientou.

Já o maestro oficial dos dois corais, Daniel Berg, falou sobre a participação dos dois grupos no Fepac, pontuando que foi especial pela relevância que tem o Festival Paraibano de Coros no Brasil. “Não só importante para os participantes, os coralistas, que são os nossos principais alvos, nessa ideia da ressocialização pelo canto coral, mas, também, para todos os envolvidos no processo como professores e familiares, que vão prestigiar as apresentações. É sempre assim, um resultado muito positivo”, enfatizou, acrescentando que a preparação dos corais para a participação no Festival começa desde o início do ano e que há um processo de seleção, e os dois corais foram escolhidos entre os 80 inscritos, de todo o país.

Por Lila Santos/Gecom-TJPB

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