Cerca de 70% de acordos foram obtidos até o meio da tarde desta terça-feira (5) durante o Mutirão envolvendo ações do Banco do Brasil realizado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), no Fórum Cível da Capital. Conforme a juíza coordenadora do Cejusc, Ana Amélia Andrade Alecrim Câmara, os 30 atendimentos realizados até então resultaram em, aproximadamente, R$ 67 mil a serem pagos às partes envolvidas nas negociações.

“O Mutirão Banco do Brasil surtiu um excelente resultado, com 70% de acordos, sendo um evento construtivo pelas partes e com a conscientização do banco sobre a importância da conciliação. Foi uma estratégia exitosa”, disse Ana Amélia, explicando que o evento integra a XIV Semana Nacional da Conciliação, que ocorre de 4 a 8 de novembro em todo o país.

Juíza Ana Amélia

A magistrada lembrou que os interessados em solucionar ações pelo viés de esforços concentrados podem entrar em contato com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos (Nupemec) do TJPB. “A cultura da paz é um compromisso firmado pelo Tribunal de Justiça, em sua política pública da conciliação. Precisamos do engajamento de todas as entidades, públicas e privadas. O Núcleo está de portas abertas para fomentar este tipo de ação. Cada mutirão pode ter uma formatação e nós já temos uma grande experiência neste sentido”, destacou.

De acordo com o gerente jurídico regional do Banco do Brasil, Cassiano Eskildssen, o Banco buscou o Cejusc para priorizar a ação negociada em alguns processos, que envolviam, em sua maioria, pagamento de indenizações por danos morais e materiais. “Vemos como uma iniciativa que proporciona vantagens para a instituição e para as partes como um todo, como economia de tempo, redução de custos com o processo, além de desonerar o Judiciário para causas que podem ser mais complexas”, disse.

Sobre os acordos, o gerente também demonstrou satisfação. “Obtivemos um bom percentual de êxito e esperamos participar, em breve, de outros eventos como este”, complementou Cassiano Eskildssen. A seleção dos feitos é realizada com base no grau de risco de cada um, com critérios técnicos, segundo o gerente.

O evento contou com a presença de 15 oficiais de justiça do Poder Judiciário estadual, capacitados pelo Nupemec para atuarem como conciliadores. Para o diretor jurídico do Sindicato dos Oficiais de Justiça do Estado da Paraíba (Sindojus), Alfredo Miranda, hoje, há cerca de 35 oficiais capacitados e a intenção é de que todos sejam preparados para a prática.

“Fizemos curso junto ao Nupemec e nos habilitamos para tanto. O oficial de justiça também é um agente de pacificação social e já faz isso na sua atuação profissional. Agora, diretamente como conciliador, o faz de forma mais visível, participando dessas audiências. Temos conseguido transações muito importantes e vejo como um meio de concretizar a tutela jurisdicional de forma mais célere”, analisou.

Por Gabriela Parente / Ascom-TJPB

 

 

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