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Perilo Lucena, juiz da Vara da Infância de Juventude de Campina Grande

O juiz titular da Vara da Infância de Juventude de Campina Grande e colaborador do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte, (PPCAAM -PB) Perilo Rodrigues de Lucena, participou hoje da Reunião Ordinária do Conselho Gestor do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte na Paraíba (Congest/PPCAAM-PB), que teve como pauta principal a apresentação do Diagnóstico Situacional do Programa.

O estudo foi apresentado na manhã desta terça-feira (14), na Sede da Defensoria Pública do Estado da Paraíba, localizada no Centro de João Pessoa, e abrange a análise dos dados quantitativos e qualitativos referentes ao período de 2020 a 2024 referentes à execução do PPCAAM, na Paraíba. 

Durante o encontro de trabalho, foi revelado que 244 crianças, adolescentes, jovens de até 21 anos de idade, bem como seus familiares receberam proteção do Programa, na qualidade de monitoramento, assistência técnica e jurídica. A equipe realizou um total de 630 monitoramentos, 181 estão em processo de articulação, 16 foram transferidos para outros estados e 64 desligadas. Os principais motivos das ameaças de morte partem da abrangência do tráfico de drogas, acerto de contas e violência doméstica, dentre outros. O Diagnóstico foi apresentado pela consultora Waleska Ramalho Ribeiro, Assistente Social que atua no Ministério Público da Paraíba.

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Reunião do Conselho Gestor do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte na Paraíba

Na ocasião, foram apresentados os dados referentes ao programa, com mapeamento de dados sobre território, características dos indivíduos protegidos e de suas famílias. O documento foi elaborado em bases científicas e tem o propósito de servir à redefinição de políticas públicas e planejamento de novas ações visando o aperfeiçoamento do serviço prestado em prol da população. “O diagnóstico situacional foi elaborado em bases científicas e tem o propósito de servir à redefinição de políticas públicas e planejamento de novas ações visando o aperfeiçoamento do serviço prestado em prol da população”, comentou Perilo Rodrigues de Lucena.

Segundo a coordenadora do Conselho Gestor do Programa, Lorena Monteiro, o Diagnóstico Situacional do PPCAAM é uma etapa essencial para o planejamento e execução do programa voltado para a proteção de crianças, adolescentes e jovens em situação de ameaça de morte. O documento apresentado traz a identificação das necessidades em território, os problemas e os desafios enfrentados nesse contexto a nível estadual.

Lorena Monteiro lembrou que, a atuação do Conselho Gestor é importante para a efetividade e continuidade do programa. “O documento apresentado faz uma análise dos produtos e seus desdobramentos, como alinhamento dos fluxos no processo de inserção, especialmente nos territórios que não possui promotorias; a necessidade de ampliar o número de famílias solidárias em todo estado; fortalecer as portas de entrada para a construção de soluções e redução dos agravos e preservação à vida; alinhamento das portas de entrada para referenciamento das demandas e deliberações”, informou a coordenadora.

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Participantes do Congest/PPCAAM-PB

Ainda durante a reunião, foram estudamos o fortalecimento da atuação coordenada entre o PPCAAM, os serviços de acolhimento, o Poder Judiciário e as portas de entrada, no sentido de garantir a convivência familiar e comunitária e preservar a reintegração familiar de forma segura, como ainda a articulação entre Judiciário e o Executivo, para o enfrentamento à letalidade de crianças e adolescentes”, comentou Lorena Monteiro.

O que é – O PPCAAM tem por objetivo preservar a vida das crianças e dos adolescentes e jovens se egressos do sistema socioeducativo ameaçados de morte, com ênfase na proteção integral e na convivência familiar. O Programa é executado em diferentes estados, por meio do convênio entre o Ministério dos Direitos Humanos e governos estaduais. A identificação da ameaça e a inclusão no Programa são realizadas por meio do Poder Judiciário, dos Conselhos Tutelares, do Ministério Público e da Defensoria Pública, caracterizados como “Portas de Entrada”, sendo estas instituições também responsáveis pela aplicação da garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Por Fernando Patriota

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