O evento online atraiu um bom número de servidores
O evento online atraiu um bom número de servidores

Mais de 90 servidores (as) do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) participaram,  nesta quinta-feira (19) de um workshop sobre segurança da informação e receberam orientações do especialista em segurança digital, Nandor Feher. Durante a videoconferência, Nandor falou sobre a importância de manter seguros os dados pessoais e institucionais, a relevância da participação humana na questão da cibersegurança, a utilização de Inteligência Artificial em substituição ao rosto humano (Deep Fake), divulgou dados preocupantes, referentes a ataques virtuais, que causam prejuízos no mundo, e conscientizou para a mudança de cultura e adoção de hábitos e atitudes seguras.

Segundo enfatizou o palestrante, mais de 80% dos ataques bem sucedidos na internet usam técnicas de phishing (usam e-mails ou mensagens para levar a sites falsos com o objetivo de roubo de credenciais, de dados). Além disso, ele revelou, também, que o Brasil é o nono, entre os dez principais países vítimas de Ransomware (vírus ultramoderno que ataca utilizando criptografia). “Estima-se que até 2031 um ataque de Ransomware vai acontecer a cada dois segundos”, revelou Nandor Feher.

O Workshop de Segurança da Informação, evento promovido pela Diretoria de Tecnologia da Informação do Tribunal de Justiça da Paraíba (Ditec), também serviu para esclarecer dúvidas dos participantes.

“O momento é voltado ao servidor, para que possa  adotar práticas conscientes e alinhadas com o conhecimento seguro. O principal objetivo é criar um senso de alerta, começando com pequenas mudanças para ir adquirindo hábitos e atitudes seguras, de forma a proteger a ele, à família e seu ambiente de trabalho”, ressaltou Nandor Feher.

O diretor de Tecnologia da Informação do TJPB, Ney Robson, destacou que o webinário abordou  temas essenciais à proteção do ambiente digital, alinhando-se às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Resolução 396, que estabelece uma política de segurança cibernética robusta para proteger os dados e os sistemas do Poder Judiciário.

Ney Robson, diretor de Tecnologia da Informação - TJPB
Ney Robson, diretor de Tecnologia da Informação – TJPB

“A segurança da informação tem um papel vital no cotidiano de todos os órgãos do Judiciário, e nossas ações, enquanto servidores, são determinantes para a robustez desse sistema. O comportamento humano, tema central deste evento, foi amplamente discutido no contexto de como nossas atitudes diárias podem influenciar a segurança digital”, enfatizou Ney Robson.

Ele realçou, ainda, que foi reforçada a importância de práticas seguras como o uso de senhas fortes, a ativação da autenticação em dois fatores e a desconfiança frente a possíveis tentativas de phishing, ofereceu dicas práticas de comportamento seguro online, medidas preventivas contra ameaças que, embora comuns, podem causar grandes prejuízos, entre outros assuntos.

“Com foco nos dispositivos móveis, foi ressaltada a importância de ações como a proteção de senhas, tendo em vista a crescente relevância dos smartphones em nosso trabalho diário, essas práticas são essenciais para garantir a continuidade e a segurança das atividades do Tribunal”, frisou o diretor da Ditec.

Para Ney Robson, a  evolução constante das ameaças digitais exige uma postura proativa e vigilante, conforme disciplinado pela Resolução 396 do CNJ. “Esse webinar reforçou a importância de uma cultura institucional voltada para a segurança digital, assegurando que o TJPB esteja preparado para enfrentar os desafios de um cenário cibernético cada vez mais complexo, promovendo a proteção não só dos dados institucionais, mas também dos nossos e, notadamente do direitos dos cidadãos que servimos”, frisou.

Como se proteger de golpes feitos por IA

Entre as orientações, passadas pelo especialista Nandor Feher, para a proteção contra ataques digitais utilizando a Inteligência Artificial, estão: – combine palavras de seguranças com familiares; – reconheça traços de linguagem da IA (simples, repetitiva, falta de coesão); confronte informações sendo ditas e – desconfie de áudios ou vídeos.


Por Lila Santos

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