Magistrados da Paraíba no encontro do GMF em Rondônia
Joás de Brito, Michelini Jatobá, Romero Marcelo e Hugo Zaher

Os desembargadores Joás de Brito Pereira Filho e Romero Marcelo da Fonseca Oliveira, e os juízes Michelini Jatobá e Hugo Zaher participaram, nesta sexta-feira (09), do 3º Encontro Nacional dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução das Medidas Socioeducativas (GMFs), promovido pelo Conselho Nacional de Justiça, em Porto Velho (RO). 

Dezenas de juízes e juízas de todo o Brasil estão reunidos no evento para discutir a atuação e a importância desses grupos nos tribunais. No Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o supervisor do GMF é o desembargador Joás de Brito, que destacou a relevância do debate. “A nossa participação no 3º Encontro Nacional dos GMFs  tem sido muito relevante, pois nesses dias de reuniões intensas, debatemos temas importantíssimos para a melhora do sistema prisional e das medidas socioeducativas. São questões relevantes e de grande interesse para a sociedade brasileira”, enfatizou.

O evento é organizado pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ) e pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), o GMF de Rondônia e a Escola da Magistratura de Rondônia (Emeron), além da parceria da Associação dos Magistrados do Estado de Rondônia (Ameron).

O desembargador Romero Marcelo ressaltou que a temática do encontro é a discussão das políticas públicas voltadas para os Sistemas Carcerário e Socioeducativo. “O objetivo do conclave é discutir o problema, separadamente, trocar experiências, de forma a pensar o judiciário como indutor de políticas públicas, chamando a atenção dos magistrados e tribunais para essa realidade. O encontro marca o lançamento do Manual de Estruturação dos GMFs de forma a permitir a estruturação desses órgãos nos tribunais para se obter o efetivo monitoramento dos sistemas carcerário e socioeducativo, a fim de permitir a adoção de políticas públicas voltadas para humanização no cumprimento de penas e medidas socioeducativas”, destacou.

A juíza auxiliar da presidência do TJPB, Michelini Jatobá, avaliou como excelente o 3° Encontro dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário. A magistrada informou que a organização e a qualidade das discussões foram excepcionais, refletindo o compromisso de todos com a melhoria do sistema.

“As temáticas abordadas são de extrema importância e relevância, pois nos permitem refletir sobre os desafios enfrentados e as oportunidades de aprimoramento nas práticas de fiscalização e monitoramento do sistema prisional. É fundamental que continuemos a dialogar e a compartilhar experiências para promover um sistema mais justo e eficiente. Registramos também a entrega do Manual de Fortalecimento dos GMF’s, que certamente será uma ferramenta valiosa para todos nós nesse trabalho”, destacou.

Juiz Hugo Zaher foi palestrante no evento
Juiz Hugo Zaher foi palestrante no evento

O coordenador adjunto do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Medidas Socioeducativas da Paraíba (GMF-PB), juiz Hugo Zaher, participou do evento proferindo a  palestra ‘Fiscalização do Sistema Socioeducativo em Meio Aberto: a Experiência da Paraíba’.

“É fundamental que o Judiciário atue de forma proativa na fiscalização das medidas socioeducativas em meio aberto. Nosso objetivo é garantir que os direitos dos adolescentes sejam plenamente respeitados, ao mesmo tempo em que buscamos melhorar o atendimento dos programas socioeducativos em todo o estado. As inspeções que realizamos no primeiro semestre foram um sucesso, o que decorreu do engajamento de todos os magistrados e magistradas do Estado que atuam na área infracional, a partir do apoio dado pela equipe do GMF”, ressaltou.

Manual dos GMFs – O evento marca ainda o lançamento do Manual de Fortalecimento dos GMFs, destinado à magistratura e a servidores que atuam nos GMFs. O manual disseca as particularidades da Resolução CNJ 214/2015 e a integralidade da atuação dos GMFs no sistema penal e socioeducativo, bem como sua importância institucional na estrutura dos tribunais.

A primeira parte do manual é destinada à compreensão do Poder Judiciário como indutor de políticas penais e socioeducativas; o segundo capítulo trata da institucionalidade e da estruturação dos grupos em âmbito local; o terceiro destrincha conceitos de articulação e governança; no quarto capítulo, a importância dos GMFs no fomento a equipamentos e serviços como as Redes de Atenção às Pessoas Egressas do Sistema Prisional (Raesp) e Conselhos da Comunidade. Por fim, o quinto capítulo aborda o acompanhamento do cumprimento de resoluções.

Por Nice Almeida com informações do CNJ

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