Imagem dos alunos na sala e aula
As aulas foram presenciais e por meio de uma plataforma virtual

O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) promoveu um curso sobre Justiça Restaurativa e Comunicação Não Violenta voltado para servidores (as) do Judiciário e outras instituições do Estado. A capacitação foi dividida em dois momentos e teve o objetivo de apresentar conceitos e práticas dos setores abordados. Quarenta e cinco pessoas participaram das atividades que continuarão esta semana com um fórum de discussão.

A juíza Ivna Mozart Bezerra Soares, coordenadora adjunta do Núcleo Estadual de Justiça Restaurativa (Nejure) do TJPB e titular do 3º Juizado Auxiliar Cível da 2ª Circunscrição de Campina Grande, ressaltou a importância de desenvolver ações como essa. “É importante para disseminar a cultura da não violência e esclarecer acerca do funcionamento do Nejure e da importância e aplicabilidade das práticas restaurativas”, afirmou.

A magistrada explicou que o curso se dividiu em três aulas síncronas – modelo de aula em tempo real e por meio de uma plataforma virtual – e uma aula presencial que teve dois momentos: um na Escola Superior da Magistratura (Esma) e outro na sede do Nejure, em Campina Grande.

Imagem da juíza Ivna Mozart palestrando
Juíza Ivna Mozart foi uma das palestrantes

“Foi um curso de 20 horas aulas oferecido para servidores e também pessoas de outras instituições, em virtude do caráter de interinstitucionalidade da política de Justiça Restaurativa. É um curso de sensibilização para trazer noções de Justiça Restaurativa e de Comunicação Não Violenta. O público foi diverso, mas preponderantemente composto por facilitadores já formados”, informou a juíza Ivna Mozart.

Cíntia Maria do Nascimento é analista judiciária do Nejure, facilitadora e instrutora de Círculos de Construção de Paz. Ela destaca o aprofundamento dos conceitos da Justiça Restaurativa promovido no curso. “ Por meio de discussão teórica e atividades vivenciais, o curso proporcionou o compartilhamento de saberes e experiências essenciais para a construção de uma sociedade mais pacífica, justa e inclusiva”, concluiu.

Durante a capacitação foram abordados três temas gerais, subdivididos em assuntos específicos. Foram eles: 

1. Comunicação alienante e comunicação não violenta

  • Escuta empática e escuta ativa

2. Mitos da Justiça Restaurativa

  • Noções gerais de Justiça Restaurativa: paradigma restaurativo
  • Princípios e valores restaurativos

3. Características gerais dos processos restaurativos

  • Conteúdo e extensão da prática restaurativa
  • Pressupostos materiais da Justiça Restaurativa
  • Aplicabilidade da Justiça Restaurativa
  • Sistema normativo nacional e local
Imagem da sala de aula com participantes e palestrantes
Um dos objetivos do trabalho é disseminar a cultura da não violência

Sobre o Nejure – É coordenado pelo desembargador do Poder Judiciário estadual, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho. Conforme definição do próprio CNJ, a Justiça Restaurativa é um processo colaborativo, voltado para resolução de um conflito caracterizado como crime, que envolve a participação maior do infrator e da vítima.

Na prática, existem algumas metodologias voltadas para esse processo. A mediação vítima-ofensor consiste basicamente em colocá-los em um mesmo ambiente guardado de segurança jurídica e física, com o objetivo de que se busque ali um acordo que implique a resolução de outras dimensões do problema, que não apenas a punição, como, por exemplo, a reparação de danos emocionais.

Por Nice Almeida

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