Ontem à noite, dia 14, acompanhei o anúncio dos vencedores do Grammy Latino 2024. O foco principal, claro, era a paraibana Cátia de França (autora do disco ‘No rastro da Catarina’, indicado na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa).
Ganhou…??? Não. Não foi dessa vez… Essa foi a primeira resposta que me veio na cabeça quando me perguntaram sobre o resultado do Grammy. Mas pensei direitinho e vi que Cátia não perdeu nada. Nada mesmo! Aos 77 anos de idade e dona de um talento indiscutível, Catita me faz lembrar o maior jogador da história do Flamengo e um dos maiores do mundo: Zico. Volto a falar sobre isso daqui a pouco…
A paraibana disputou o Grammy Latino com outros quatro trabalhos muito bons: ‘Erasmo esteves’, disco póstumo do carioca Erasmo Carlos; ‘Me chama de gato que eu sou sua’, da carioca Ana Frango Elétrico; ‘Lagum ao vivo’, da banda mineira Lagum; e ‘Ontem eu tinha certeza (hoje eu tenho mais)’, da banda paranaense Jovem Dionísio.
O vencedor foi o disco póstumo de Erasmo Carlos (com canções gravadas por Gaby Amarantos, Marina Sena, Rubel, Emicida, Tim Bernardes, Russo Papapusso, Xênia França, Chico Chico, Jota.pê, Teago Oliveira e Sebastião Reis). Um belo disco! Também gosto dos discos de Frango Elétrico e Jovem Dionísio. Gosto bem menos de Lagum! Mas isso não faz diferença…
‘No rastro da Catarina’ é um disco de gente grande e Cátia de França é tão grande quanto sua discografia. Uma entidade! Uma artista fora da curva. Diferenciada! Não ganhar o Grammy Latino não é uma derrota. É aí que volto a falar de Zico, o ‘Galinho de Quintino’. O meia rubro-negro não ganhou as Copas do Mundo que disputou.
A paraibana Cátia de França não joga futebol! Bate um bolão, sabemos todos, em outro segmento. Quando Zico (que gravou músicas e esteve em estúdio com o cantor cearense Fagner) perdeu as Copas que disputou houve quem o criticasse. Os mais sensatos lembraram, todavia, que o Galinho não ter uma Copa era pior para a Copa! Azar o dela. Não foi dessa vez que Cátia de França ganhou um Grammy. Azar do Grammy! E viva Cátia!!!
E escutem ‘No rastro da Catarina.