Luz, câmera… João! Se você acompanha o cinema paraibano você leu o nome de João Carlos Beltrão em dezenas de créditos de curtas e longas-metragens. Do Litoral ao Sertão, o diretor de fotografia já participou de mais de 50 deles! Parte dessas andanças está na exposição ‘Eis um frame’, que será aberta nesta terça-feira, dia 17, na Casa da Pólvora, no Centro de João Pessoa. Uma exposição obrigatória para amantes do cinema.

João Carlos com Renato Alves e Vladimir Carvalho

João Carlos já havia feito uma exposição similar, a ‘Retiniando-me’, com imagens de filmes até 2012. Agora, ‘Eis um frame’ atualiza sua trajetória. Essa mostra é uma parceria da FUNJOPE/Parque Cultural Casa da Pólvora e João Carlos Beltrão com a colaboração de Jorge Bweres, Ari Falcão, Nina Rosa, Metilde Alves e Águia Mendes. Dá para ver essas fotos até o dia 15 de janeiro do ano que vem, das 8h às 17h.

No comecinho da década de 1990, João Carlos apaixonou-se por documentaristas paraibanos. Ainda estudante de Jornalismo na UFPB, ‘internou-se’ no Núcleo de Documentação Cinematográfica (NUDOC), onde devorou clássicos como ‘Romeiros da Guia’ (Vladimir Carvalho e João Ramiro Mello), ‘A bolandeira’ (Vladimir Carvalho), ‘A pedra da riqueza’ (Vladimir Carvalho) e ‘Aruanda’ (Linduarte Noronha).

João Carlos Beltrão, diretor de fotografia

Não demorou para se destacar por trás das câmeras em produções paraibanas. Em 1997, foi assistente de câmera do curta ‘A árvore da miséria’, de Marcus Vilar. De lá para cá, foram mais de 50 curtas e uma dúzia de longas-metragens. A lista inclui os curtas ‘Alma’, ‘O cão sedento’, ‘Amanda e Monick’, ‘Enraizados’, ‘O terceiro velho’, ‘Rasga mortalha’, ‘Ato institucional’, ‘A poeira dos pequenos segredos’, ‘Redemunho’ e ‘DNA-M – Deus não acredita em máquinas’.

Entre os longas-metragens destacam-se ‘O herdeiro de Avôhai’ (de Elinaldo Rodrigues), ‘Tudo que Deus criou’ (de André da Costa Pinto), ‘Rebento’ (de André Morais, premiado no Brasil e na Europa) e ‘O engenho de Zé Lins’ (um filme de Vladimir Carvalho, onde João Carlos fez a co-direção de fotografia ao lado de Walter Carvalho e Lula Carvalho). É o fraco…!!! Joquinha é um dos mais importantes frames do contemporâneo cinema paraibano.

João Carlos é técnico em audiovisual do IFPB e membro da Academia Paraibana de Cinema. Presidiu por dois mandatos a Associação Brasileira de Documentaristas – Seccional Paraíba (ABD-PB) e representou o segmento audiovisual no Conselho Estadual de Cultura da Paraíba. Como emblema do cinema paraibano, foi homenageado no V Comunicurtas [2010], no III Festissauro [2016] e no XI CineCongo [2019]. Por essas e outras, ‘Eis um frame’ é imperdível!

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