Música infantil tem de ser abobalhada?

Dois dos grupos de música infantil mais requisitados na Paraíba nadam contra a maré da indústria cultural, que se empenha em empurrar goela abaixo música de baixa qualidade para a criançada. Nesta Semana da Criança, o blog bateu um papo com Dany Danielle e Érica Maria (da Contação da Rua) e Nara Santos (da banda Meu Quintal). Elas lamentam o fato do mercado não se preocupar com a qualidade da produção musical voltada para os pequeninos.

As cantoras e compositoras defendem maior dedicação à construção melódica das canções e também mais atenção para com a elaboração das letras e temáticas. Concordam, principalmente, em um ponto: crianças não são idiotas e não deveriam “ser obrigadas’ a consumir música idiota. Em entrevista ao blog (com registro em vídeo abaixo), Contação da Rua e Meu Quintal mostram um pouco de seu repertório.

A Meu Quintal fará uma série de shows este mês, inclusive no Evento em defesa do ECA – Estatuto da criança e do adolescente –  na Lagoa, dia 17. Já a Contação da Rua estará domingo que vem, dia 13, na Usina Cultural Energisa, também em João Pessoa. Tudo de graça!!! Tudo de graça!!!

No país inteiro ainda há artistas que acreditam na música infantil com bastante qualidade. O blog sugere – além de Meu Quintal e Contação da Rua – artistas e grupos como Palavra Cantada, Triii, Tiquequê, Fortuna e Fadas Magrinhas. Também tem Isadora Canto, Badulaque, Pequeno Cidadão, Estralo, Cria, ParamPamPam, Crianceiras, OssoBanda, Rubinho do Vale, Éramos Três, Gui Calegari, Rumo, Trupicada, Bloquinho, Rita Rameh e Luiz Waack.

A banda mineira Pato Fu e o maranhense Zeca Baleiro também têm incursões na área. Pato Fu é responsável pelo projeto Música de Brinquedo. Já Baleiro, pelo projeto Zoró. Importante também revisitar projetos sonoros antológicos como ‘A Arca de Noé’, ‘Pirlimpimpim’ e ‘Plunct, Plact, Zum’, especiais produzidos para a TV na década de 1980.

Importante não esquecer que as crianças merecem (e precisam) ter acesso à maior quantidade possível de informações musicais. Assim, cabe aos adultos pesquisar e oferecer essas alternativas. Só não esqueça de levar em conta a qualidade das canções e o respeito à inteligência das crianças.