O paraibano Zé Ramalho é um dos maiores nomes da música brasileira nas últimas quatro décadas. Seu talento indiscutível foi responsável por discos antológicos, como ‘Paêbiru’ (1975) e ‘Peleja do Diabo com o Dono do Céu’ (1979).
Também destaque para os discos ‘A terceira lâmina (1981), ‘Força verde (1982) e ‘Orquídea negra (1983). A década de 1980 (além da polêmica do plágio…) teve discos menores mas que fizeram sucesso devido a canções como ‘Mary Mar’ e ‘Mistérios da meia-noite’.
A década seguinte teve belas canções como ‘Entre a serpente e a estrela’ e também o sucesso do projeto ‘Grande encontro’ (ao lado de Elba Ramalho, Geraldo Azevedo e Alceu Valença). Nos últimos tempos, porém, o cantor e compositor paraibano – que tem 70 anos de idade – abraçou-se ao revisionismo de sua obra e a tributos (de Bob Dylan a Jackson do Pandeiro).
Basta lembrar que nos últimos 20 anos, Zé Ramalho lançou apenas três discos de inéditas: ‘O gosto da criação (2002), ‘Parceria dos viajantes (em 2007) e ‘Sinais dos tempos’ (em 2012). Três discos entre o regular e o bom.
No próximo dia 30, o paraibano fará mais um show revisionista, desta vez no teatro Pedra do Reino, em João Pessoa. É a turnê ‘Tour 2020 Show dos Grandes Sucessos’. O nome já diz tudo…
Já está mais do que na hora de sair mais um disco de inéditas. Mais: já está mais do que na hora de Zé Ramalho fazer um show que não seja mais do mesmo. Um show onde os clássicos ocupem pouco espaço no palco. Talento o paraibano tem de sobra!