Felicidade no volume máximo e surpresa nenhuma quando do anúncio dos premiados no Festival de Gramado, um dos mais importantes do Brasil. Dois curtas-metragens paraibanos lavaram a burra e nos encheram de orgulho (de novo e de novo e de novo!).
‘A Fome de Lázaro”, de Diego Benevides, foi o melhor curta-metragem brasileiro anunciado durante a 49ª ediçao do Festival de Gramado. Referência na contemporânea produção documentarista paraibana, Diego é diretor de filmes como ‘A queima’ e ‘O guardador’.
Outros três paraibanos também levaram a concorrida premiação: Rodolpho Barros ganhou na categoria Melhor Fotografia por ‘Animais na pista’ (de Otto Cabral). O mesmo filme conquistou o Kikito de Melhor Trilha Sonora, com o maestro Eli-Eri Moura. Melhor Direção de Arte ficou com ‘A Fome de Lázaro’, com o veterano Torquato Joel.
Veterano. O fato de Torquato ser veterano diz muito a respeito dessas conquistas paraibanas no Festival de Gramado (e em outras conquistas em outros festivais realizados nos últimos anos). Torquato Joel e outros veteranos – como Marcus Vilar, Bertrand Lira e, claro, Linduarte Noronha – são influência direta para nomes mais jovens.
Essa ‘primavera do cinema paraibano’ vai além do notório aumento no aporte financeiro permitido por editais públicos. Essa primavera existe de verdade desde a produção de ‘Aruanda’, documentário de Linduarte Noronha (que é marco do Cinema Novo).
Essa primavera existe de forma contínua por conta do talento dos nossos profissinais da sétima arte. Absolutamente!!! Mas também pelo respeito que os novos realizadores têm para com aqueles que têm mais experiência. Respeito histórico! Não à toa, jovens e veteranos foram premiados em Gramado. E continuarão sendo…
P.S.: importante destacar aqui que a ‘A fome de Lázaro’ – de Diego Benevides – é uma refilmagem do documentário de mesmo nome, feito em 1997 pelo paraibano Torquato Joel. Percebe como jovens e veteranos compreendem a ‘sinergia do respeito’…?