Vejo nos noticiários que o reitor da UFPB, Valdiney Gouveia, determinou a desocupação de um prédio da instituição na Praça Rio Branco, no Centro de João Pessoa. Para 17 entidades civis sem fins lucrativos, que fazem trabalhos sociais e são defensoras da democracia, o reitor apontou o caminho do ‘olho da rua’.
Entre elas estão a Associação Paraibana dos Amigos da Natureza (Apan), Luta por Moradia, Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e a Cooperativa Roda de Conversa. Entidades voltadas para a luta pelo exercício da democracia, para a defesa da cidadania e do meio ambiente.
O mesmo reitor (nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, após “avaliação” de lista tríplice – em que aparece em terceiro lugar com 5,35% da votação por professores, funcionários e alunos) também quer a desocupação da sede da Associação dos Docentes da UFPB e do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior.
Em todos os casos de pedido de desocupação, o reitor que não tinha votos para ser eleito (mas tinha a simpatia de Bolsonaro) alega que as entidades não pagam nenhum tipo de aluguel… Não estaria certo, conforme ele, apontando para o aspecto da legalidade. E se não está certo, imagino, não presta…
Valdiney está certo nesse ponto: é preciso desocupar a UFPB de tudo aquilo que não está certo (e consequentemente não presta)… E a população (não apenas a população acadêmica) precisa fazer uma série de manifestações para que saia da UFPB aquilo que não presta… Campanha sistemática. Permanente! É necessário explicitar que a UFPB precisa mudar…
Em tempo: mantenham em suas sedes a Aduf e o Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior. Mantenham as 17 entidades no prédio da Praça Rio Branco. Comecem a desocupação em uma das salas do prédio da Reitoria… Essa desocupação sim coloca a UFPB em outro patamar de respeito, confiabilidade e distância do fascismo…