No começo da década de 1980, assisti a diversos ‘shows’ de Marcello Piancó. Ele ainda um pós-adolescente… Eram apresentações na casa de um amigo de infância, durante churrascos de final de semana. Um talento desde todo sempre, contando piadas e cantando paródias.
‘Ler gibi’ – paródia de ‘Let it be’, dos Beatles – era a minha preferida. Algo assim: ‘Cascão e Cebolinha. Mônica e Magali. De tudo que eu mais gosto é ler gibi…”. Criatividade Piancó tinha demais… Criatividade que levou inclusive para o trabalho nas agências de publicidade.
Cantor, compositor, humorista, radialista e publicitário, Piancó mostrou ser poeta. Em 2018, uma letra sua foi destaque no I Festival de Música da Paraíba. ‘Tectônica’ – feita em parceria com Thyego Lopes – foi interpretada por Cida Alves (que gravou a canção em seu disco homônimo).
Parceiro de humor do também saudoso Cristovam Tadeu (também de Shaolin e Nairon Barreto), Marcello Piancó faleceu em março deste ano, em João Pessoa. Ele fazia tratamento de um câncer no fígado (com metástase no pulmão), no Hospital Napoleão Laureano.
Assim como na letra de ‘Tectônica’, sugiro o nome de Marcello Piancó em uma placa tectônica para ver se a sociedade se abala (e acorda) para reverenciar um dos maiores nomes do humor paraibano. Um bom começo é planejar algo para março do ano que vem…
3 Comentários
Boa ideia, Jãmarri. Piancó merece ser homenageado pela obra e pela pessoa que foi. Sua obra, muito diversa, multimídia, precisa ser catalogada e organizada em um memorial.
Todo apoio. Uma placa para Piancó é pouco. Figuração talentosa do bem. A alegria em pessoal! Saudades!
Corrigindo o comentário anterior: figuração não, figuraça talentoso.