Diretora de filmes como ‘ A Torre das Donzelas’, ‘Clara estrela’ e ‘Mussum – Um filme do cacildis’, a cineasta carioca Susanna Lira representa muito bem o conceito que costumamos ter de ‘resistência’ no setor cultural.
Em entrevista exclusiva para ao blog Clape Clape Clape, Susanna destacou a importância da arte de resistência (principalmente no atual panorama político brasileiro). “Fazer cinema no Brasil sempre foi movimento de resistência. Estamos vivendo um dos momentos mais delicados da historia”.
Para a diretora, esse cinema de resistência tem muita potência e leva a uma reflexão sobre o que somos e queremos. O cinema, ainda conforme ela, tem essa capacidade de levar a um reflexão, registrando realidades e corrigindo falhas históricas.
“Bacurau. Marighella. A Torre das Donzelas. Filmes brasileiros que fizeram sucesso no exterior. Estamos aqui para fazer uma revisão histórica. E eu fico muito feliz por fazer parte desse grupo de diretores e diretoras que resistem pela arte, pela poesia e pelo afeto”.
Sobre o ‘novo normal’ no cinema brasileiro, Susanna comentou ser algo ainda a ser descoberto. “O que tenho feito e pensar uma forma criativa e inovadora de como filmar sem colocar as pessoas no set em risco. O novo normal vai fortalecer os nossos vínculos”.
Susanna lira participara, nesta quinta-feira, dia 2, a partir das 17h, de uma live realizada pelo projeto Aruandando no Campus. Nessa ‘Live de Cinema’ -no Face e no YouTube – Susanna vai bater um papo com o professor e jornalista Lucio Vilar, idealizador do Fest Aruanda.