Imortalizado em poema de Carlos Drummond de Andrade e, claro e ainda mais, pela própria obra, o artista negro paraibano Tomás Santa Rosa terá uma mostra aberta hoje, a partir das 10h, no Centro Cultural São Francisco, em João Pessoa. Santa Rosa é referência no design gráfico e na cenografia brasileira. Mostra conta com desenhos, telas e capas de livros, além de esboços de cenários e de figurinos para teatro.
Importante destacar que Santa Rosa produziu capas para livros de Zelins, Jorge Amado, Graciliano Ramos, José Américo de Almeida, Mário de Andrade, Rachel de Queiroz, Guimarães Rosa, Josué de Castro, Menotti del Picchia e Carlos Drummond de Andrade etc.
Haverá uma mesa redonda sobre a obra de Tomás Santa Rosa reunindo a professora Bernardina Freire, o professor e artista plástico Chico Pereira e o designer Rildo Coelho, que obteve o título de Mestre em Ciência da Informação com estudo sobre o artista.
Colaborou com Abdias do Nascimento e Ruth de Souza no Teatro Experimental do Negro. Também produziu cenários para outras companhias, incluindo peças de Nelson Rodrigues, óperas de Camargo Guarnieri e bailados de Villa-Lobos. Seu cenário para a peça ‘Vestido de noiva’, de Nelson, tornou-se um marco na moderna cenografia teatral.
Tomás Santa Rosa Júnior nasceu na capital paraibana no dia 20 de setembro de 1909. Morreu em 1956, na Índia, onde chegou a representar o Brasil na Conferência Internacional de Teatro, realizada em Bombaim. Em seguida, viajou para Nova Delhi, para a Conferência Geral da Unesco, onde faleceu a 29 de novembro.