No dia 6 de agosto de 1945, o bombardeio americano, com o avião Enola Gay, foi uma ação tragicamente decisiva para acabar com a II Guerra Mundial. A ‘Little Boy’ – como batizaram a bomba atômica jogada na cidade japonesa de Hiroshima – matou em torno de 150 mil pessoas. Esta quinta-feira marca os 75 anos dessa chacina…

Capa de CD da Dead Nomads

Essa atrocidade contra Hiroshima foi tema de diversas músicas. A mais conhecida no Brasil é ‘Rosa de Hiroshima’, poema de Vinícius de Moraes que popularizou-se na voz de Ney Matogrosso (Secos & Molhados).

A lista de cantores e bandas que mencionaram Hiroshima em suas músicas ainda conta com John Coltrane, Francisco Fanhais, Robert Wyatt, Byrds, Orchestral Manouevers in the Dark, 10.000 Manics, Gray Moore, Hibari Misora e Kraftwerk.

Mas, a minha sugestão para hoje é uma música paraibana: ‘1945’, da banda de rock Dead Nomads. A canção está no excelente álbum ‘Trincando os ossos num dia de cão’, lançado em março de 2001. Uma mistura de punk rock com surf music, hardcore e grunge. Abaixo, a letra da música:

‘1945’

Eles não estão sós.

Estamos por um fio.

Lembro o que já foi dito.

Hiroshima pereceu, num belo dia de sol, às oito e quinze da manhã.

Não fugiram, não correram, não puderam escapar de um destino tão cruel.

Não fugiram, não correram nem tiveram chance de chorar.

 

Não há como negar: eles não tinham nada a ver… Eram inocentes!

Há um preço alto a pagar, se tudo acontecer novamente.

Não fugiram, não correram, não puderam escapar de um destino tão cruel.

Não fugiram, não correram nem tiveram chance de chorar.

Não fugiram, não correram nem tiveram mesmo a chance de saber o porquê.

 

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