Em um show dançante, pulsante e profundamente politizado, ontem à noite, no Teatro de Arena da Funesc, em João Pessoa, o cantor e compositor paraibano surpreendeu os fãs ao não apoiar um insulto coletivo da plateia ao presidente Jair Bolsonaro.

 

Show de Chico César no Teatro de Arena

Pouco antes do fim da apresentação do espetáculo ‘O amor é um ato revolucionário’, logo após Chico César concluir a música ‘Pedrada’, a plateia começou a gritar ‘Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*’. O artista interferiu no coro e pediu que os fãs não usassem aquele xingamento.

Antes, a plateia já havia se manifestado aos gritos de ‘Lula Livre’, logo após Chico cantar ‘O amor é um ato revolucionário’. Naquele momento, Chico – que é notório apoiador do ex-presidente – não se pronunciou…

Com relação a Bolsonaro, Chico César argumentou que é preciso rever os xingamentos. “Nós precisamos renovar a nossa experiência de xingar. Tem muita gente que a gente gosta e admira que gosta de tomar no c*…”, disse Chico, sendo aplaudido pelos fãs. Veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=p4q90IT_AVc

 

Em seguida, Chico cantou ‘Cruviana’, fechando o show (que teve apenas canções do disco ‘O amor é um ato revolucionário’). No bis, mais uma surpresa: Jonathas Falcão (Seu Pereira) foi convidado a subir no palco e cantou o bis inteiro com Chico César.

Destaque para duas músicas de Pedro Osmar: ‘Mote do navio’ e ‘Nó cego’. E o bis ainda teve ‘Pra não dizer que não falei das flores’, de Geraldo Vandré, além de ‘Mama África’, ‘Alberto’ e ‘Brilho de beleza’.

Um show lindo. Um show inesquecível. Um amor de show! Um ato revolucionário!

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