O espaço conquistado pelo líder servidor
Fabiana Galetol, diretora executiva de Pessoas e Responsabilidade Social Corporativa da Pluxee
Um perfil de liderança vem ganhando espaço nas empresas: o líder pautado no conceito ESG – meio ambiente (Environmental), social (Social) e governança corporativa (Governance). Isso reforça o que já sabíamos: que o gestor de pessoas é fundamental para o desenvolvimento dos pilares dentro do ambiente corporativo, reforçando a integração dos funcionários à cultura do negócio.
Habilidades como visão sistêmica, inteligência emocional, empatia, inovação e adaptação, além de incentivo à capacitação, são competências exigidas do “gestor ESG”, que na verdade já conhecemos como líder servidor.
A liderança servidora pode gerar resultados extraordinários quando exercida da maneira correta. O modelo envolve empatia, humildade e acolhimento, e tem como ponto forte a confiança na equipe. Metas e compromissos continuam existindo, mas são pensados e definidos em formatos motivadores, incentivando a colaboração, a inovação, a capacitação da equipe e – o mais importante: o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Esse perfil de gestor fornece mais apoio emocional, sabe reconhecer e valorizar o sucesso individual e da equipe.
O líder servidor acredita que a capacitação torna o profissional mais qualificado, motivado e produtivo. Por isso, investe frequentemente em treinamentos; faz reuniões constantes com o grupo para dar feedbacks e alinhar expectativas; define planos de carreira individuais; conhece de perto as dificuldades e anseios da sua equipe e está sempre disponível para ajudar a superá-los. Ou seja, líder e liderado estabelecem uma confiança mútua, em um formato mais sociável de gestão.
Esse gestor está presente com mais frequência em companhias que praticam a gestão humanizada, oferecem salários atrativos e benefícios diferenciados, muito além dos tradicionais vale-transporte, refeição e alimentação. São empresas mais voltadas ao bem-estar e preservação da saúde mental do seu colaborador e consideram esse conjunto imbatível na geração de resultados. A conclusão é simples: profissionais felizes são mais produtivos.
A liderança servidora é uma tendência global e certamente sua presença será cada vez mais fortalecida nas próximas décadas por estar atrelada aos valores sustentáveis. Companhias com visão de futuro saíram na frente e já colhem resultados significantes, muitas vezes, maiores que o modelo de liderança anterior. Ser um líder servidor pode parecer simples e natural para uns, mas é bastante desafiador para outros. Nossa lição de casa, então, é buscar sempre estar atento a novas realidades, se manter atualizado e competitivo, sem perder o equilíbrio entre vida pessoal e carreira.