A coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça da Paraíba, juíza Anna Carla Falcão da Cunha Lima esteve reunida, na tarde desta quarta-feira (14), com a presidente da Associação das Esposas dos Magistrados e das Magistradas da Paraíba – AEMP, Carmen Benevides e com a secretária estadual da Mulher e da Diversidade Humana, Lída Moura Silva Cronemberger. O motivo do encontro, que ocorreu na sede da AEMP, foi a expansão para todo o estado do projeto “Cuida de Mim”, o qual disponibiliza serviços de atendimento às vítimas de violência doméstica.
O “Cuida de Mim” é fruto de um Termo de Cooperação Técnica, firmado, desde 2018, entre a Coordenadoria da Mulher do TJPB e a AEMP, o qual tem como objetivo disponibilizar atendimentos psicológicos às mulheres, que sofrem violência doméstica e familiar. Além disso, são ofertados cursos profissionalizantes, os quais são realizados no Centro Profissionalizante ‘Nossa Senhora de Fátima’, administrado pela Associação das Esposas dos Magistrados e das Magistradas da Paraíba. A ideia é retomar o projeto com a expansão das atividades para outras cidades da Paraíba.
“Essa união com a Aemp, fortalecerá esse trabalho preventivo e, também, não só no atendimento psicológico, mas, na medida que muitas vezes essa violência começa com uma ameaça e termina num Feminicídio. Com o atendimento a essas mulheres, elas terão mais consciência da realidade em que estão vivendo, através das rodas de conversas, que iremos realizar, por meio do serviço psicológico”, pontuou Anna Carla Falcão.
A presidente da AEMP, Carmen Benevides, afirmou ser uma honra para a Associação participar do projeto “Cuida de Mim” do TJPB. “Vamos dar colaboração nos pontos de apoio e nos cursos profissionalizantes. Trabalharemos juntas em prol das mulheres que sofrem violência doméstica”, ressaltou.
Justiça pela Paz em Casa
O “Cuida de Mim” será retomado durante a 18ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa, que acontecerá no período de 16 a 20 de agosto, com as rodas de conversas, envolvendo as mulheres vitimizadas. “Esse projeto tem a proposta, como o nome indica, que é cuidar dessas mulheres, tanto psicologicamente, como na questão profissionalizante, evitando a evolução do problema”, observou a magistrada Anna Carla.
A juíza lembrou ainda que muitas vezes as mulheres desistem dos processos judiciais, e, na hora da audiência, negam a existência da violência. Segundo Anna Carla é porque elas, além do medo, têm a questão da sobrevivência. “Nós juízes, iremos fazer o encaminhamento para que elas façam os cursos e adquiram uma profissão, tenham independência econômica e saiam dessa situação maléfica”, registrou.
Kubitschek Pinheiro
