Fui repórter de Cidades e de Cultura. Escrevi para todas as editorias. Fui editor de Cultura, Veículos, Ciência & Tecnologia. Fui colunista. Fui redator da Capa do jornal. E fui, acima de qualquer coisa, apenas um ‘Zé’ que foi aprendiz de muita gente boa durante duas décadas. Entrei em 1995 e quando sai em 2015 juro que não imaginava que fosse findar tão rapidinho um jornal do porte do Correio da Paraíba. Neste momento, há devaneios a me torturar…
Tive como editores gerais Giovanni Meireles, Lena Guimarães, Walter Galvão e Sony Lacerda. Fiz amigos. Fiz história. Fiz o melhor, ao lado de gente como Josival Pereira, Adelson Barbosa, Renata Ferreira, Fabio Cardoso, Carlos Aranha, Luiz Carlos Nascimento, João Costa, Chico Noronha, Jose Carlos dos Anjos, Gilberto Lopes, Pessoa Junior, Lilian Moraes, Nonato Bandeira e Marcela Sitônio.
Teve ainda Andrea Batista, André Luiz Maia, Nalva Figueiredo, Assuero Lima, Jose Marques, Paulo Maia, Renato Felix, Kubi Pinheiro, Astier Basílio, Celia Chaves, Lucio Vilar, AVF, Dudu Santos, Andrea Viegas, Carlos Azevedo, Marcus Antônius, Ana Felippe, Augusto Magalhães, Carol Barroca, Henriqueta Santiago, Luciana Rodrigues, Sebastian Fernandes, Juneldo Moraes, Cicero Silvestre e tantos outros!
Cito muitos nomes com a certeza de que estou deixando de citar pelo menos o dobro… Nem caberiam aqui nesse texto… Sei que todos esses citados e muitos outros fizeram parte de uma família: a família CORREIO! E não é força de expressão!!! Formamos uma família durante muito tempo (desde cedinho ate a madrugada dos ‘pescoções’). Sopramos a boia! Freud explica…
O fim do Correio da Paraíba (que existia desde a década de 1950 e que tornou-se um gigante a partir da década de 1990) é o anuncio da morte de uma família inteira. A última edição circula hoje, dia 4. Perde o mercado. Perdem os jornalistas. Perdem os leitores. Perde o jornalismo. Perde o afeto… Estou triste e enlutado. Lacrimoso mesmo. That’s over, baby! No mais, a Redação do jornal inteira está indo embora…
