Se você gosta de Carnaval – mas decidiu ficar em casa durante esta folia – dá para fazer uma maratona de filmes nacionais de hoje até a Quarta-feira de Cinzas. Selecionei um filme por dia para este período de Momo.

Opções no gênero não faltam (principalmente entre as décadas de 1930 e 1950. Mas, o espaço aqui é curto e minha lista teve apenas sete alternativas. Logo abaixo, as sete recomendações de longas-metragens:

‘Orfeu negro’, vencedor do Oscar

Orfeu Negro (1959) – Uma coprodução Brasil, França e Itália, o filme é uma adaptação da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinicius de Moraes. Com um elenco composto majoritariamente por atores brasileiros, a obra foi dirigida pelo francês Marcel Camus.

Ganhou a Palma de Ouro em Cannes e o Oscar de melhor filme estrangeiro. No Carnaval, o sambista Orfeu se apaixona por Eurídice. Mas, a ex-noiva dele descobre e fará de tudo para impedir o romance.

Destaque para as cenas de blocos e desfiles de escolas da época. O elenco tem Breno Mello, Marpessa Dawn, Lourdes de Oliveira e Léa Garcia.

 

Quando o Carnaval chegar (1972) – Com Antônio Pitanga e Chico Buarque, além dos saudosos Hugo Carvana e José Lewgoy, esse longa tem direção de Cacá Diegues. A trilha sonora é composta, em sua maior parte, por Chico Buarque.

Conta também com a participação de Maria Bethânia (que foi a estrela do documentário ‘Fevereiros’ ano passado) e Nara Leão. Sinopse: O empresário de um grupo de cantores sem sucesso consegue um contrato para que se apresentem em homenagem a um rei que chegará à cidade para o Carnaval.

Hugo Carvana e Chico Buarque em ‘Quando o Carnaval chegar’

Orfeu (1999) – Quarenta anos depois do ‘Orfeu Negro’, o diretor Cacá Diegues (que tem outros trabalhos sobre ou tangenciando o Carnaval) fez uma nova versão do clássico.

No elenco, Toni Garrido e Patrícia França formam par romântico. Trilha sonora é de Caetano Veloso. O filme foi escolhido para representar o Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2000, mas acabou fora das indicações.

Sinopse: Durante o Carnaval carioca, a bela e trágica história de amor entre Orfeu e Eurídice ganha vida nos morros cariocas.

 

Ó paí, ó (2007) – Lázaro Ramos é a estrela desse filme, ao lado de diversos atores do Bando de Teatro Olodum. O longa conta a história dos moradores de um animado cortiço no Pelourinho, em Salvador (BA).

Tudo se passa no último dia do Carnaval, quando todos se divertem em meio a muita música, dança e alegria. Até que dona Joana, uma evangélica, incomodada com a farra dos moradores, decide acabar com a festa, fechando o registro de água do prédio.

O elenco também conta com Wagner Moura. Direção dessa comédia musical é de Monique Gardenberg.

Matheus Nachtergaele em ‘Trinta’

Trinta (2013) – Um filme que conta a história do carnavalesco Joãosinho Trinta, desde sua vinda do Maranhão, até seu auge no Carnaval do Rio de Janeiro.

O longa protagonizado por Matheus Nachtergaele mostra, ainda, a sua ida para o Salgueiro, no inovador desfile “O Rei da França na Ilha da Assombração”, até seu reconhecimento como artista.

Direção é de Paulo Machline, cineasta indicado ao Oscar em 2001 na categoria de Melhor Curta-Metragem em Live-Action por ‘Uma história de futebol’, que conta a infância de Pelé.

Animação ‘Rio’, de Carlos Saldanha

Rio (2011) – É uma animação de Carlos Saldanha, com trilha de Sérgio Mendes e voz de Carlinhos Brown em duas faixas.

Sinopse: Capturada por contrabandistas de animais quando tinha acabado de nascer, a arara de nome Blu nunca aprendeu a voar e vive uma vida domesticada feliz em Minnesota, nos Estados Unidos, com sua dona, Linda.

Blu pensa que é a última arara de sua espécie, porém quando descobrem que Jewel, uma fêmea, vive no Rio de Janeiro, Blu e Linda vão ao seu encontro. Os contrabandistas capturam Blu e Jewel, mas as aves escapam e começam uma aventura arriscada rumo à liberdade.

Cena do documentário de Marcelo Gomes

Estou me guardando para quando o Carnaval chegar (2019) – Documentário do pernambucano Marcelo Gomes está disponível em plataformas digitais e foi exibido pelo Cine Bangüê.

Sinose: Na cidade de Toritama, considerada um centro ativo do capitalismo local, mais de 20 milhões de jeans são produzidos anualmente em fábricas caseiras.

Orgulhosos de serem os próprios chefes, os proprietários destas fábricas trabalham sem parar em todas as épocas do ano, exceto o carnaval: quando chega a semana de folga, eles vendem tudo que acumularam e descansam em praias paradisíacas.

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