“Quem admira TORTURADOR jamais compreenderá a grandeza do nosso maior PROFESSOR”. Marcelo Freixo, deputado federal pelo Rio de Janeiro, postou essa frase neste domingo, dia 19, nas redes sociais.

Uma frase que alude ao centenário de um dos maiores educadores do mundo: Paulo Freire. Nome que costuma ser esculachado e ridicularizado por apoiadores de Bolsonaro (inclusive pelo presidente e filhos).

Fãs de Bolsonaro jamais aceitarão grandiosidade de Paulo Freire. No mundo inteiro (!!!), Freire é aplaudido e homenageado permanentemente. No Brasil, não. Aliás, pela extrema direita brasilera, não.

Pernambucano, Freire nos deixou em 1997

Nossa extrema direita não aceita o conceito de educação atrelado à ideia de libertação e capacidade de reflexão, base da proposta de Paulo Freire – que sempre defendeu uma educação política (não partidária).

O que incomoda Bolsonaro e seus fãs com relação a Paulo Freire é a alma do método. A formação crítica do estudante, a criação da autonomia, a conscietização do oprimido e a pedagogia da inclusão ofendem os bolsonaristas.

Sem argumentos para atingir Paulo Freire, costumam dizer que ele é culpado pelo baixo rendimento dos nossos alunos (como se a má aplicação de recursos não fosse a verdadeira culpada).

Faço questão de contar – mesmo que muito rapidamente – uma historieta que ajuda a entender o ódio dos bolsonaristas a Paulo Freire.

Um dos fãs de Bolsonaro disse-me a mim que Paulo Freire representava o que havia de pior na educação no Brasil e que era culpado pelo atraso educacional de nossos jovens.

Claro que eu sabia que ele estava apenas copiando o discurso do presidente Bolsonaro, que chamou Paulo Freire de ‘energúmeno’.

Perguntei ao eleitor de Bolsonaro em qual escola seus filhos estudavam. Ele respondeu com orgulho que os filhos estudavam em uma escola que oferecia um método trazido da Finlândia…

Não sou expert em Paulo Freire, mas precisei lembrar ao fulano que a Finlândia aplaudia Paulo Freire e usa (!!!) seu método entre seus alunos.

O homem calou eternamente por dois ou três segundos. Pigarreou e disse que a Finlândia era comunista… Foi a  minha vez de ficar calado eternamente… Eternamente mesmo!

Desisti do bolsonarista… Sorri. Acenei com a cabeça e fui embora com a certeza de que os bolsonaristas jamais vão ter a noção exata da grandiosidade de Paulo Freire.

Escreva um comentário