Um dos maiores nomes da cena cultural paraibana está festejando 80 anos de idade nesta sexta-feira, dia 14. Waldemar José Solha, pensador e artista multitudinário, veio de São Paulo para a Paraíba na década de 1960 (para a nossa sorte) e construiu uma trajetória de intensa produção artística.
Ano passado, aqui mesmo nesse blog, escrevi sobre os 79 anos de Solha e fiz uma provocação: a Paraíba não poderia deixar passar em branco os 80 anos de Solha! Infelizmente, deixou… A data ficou a ver navios. Lembro de ter escrito ano passado que Solha merecia palmas não apenas no seu dia, mas no ano inteiro…
Transcrevo aqui parte da coluna: “Solha tem deixado sua marca via produções na literatura, nas artes visuais, na musica, no teatro e no cinema. Entre o Litoral e o Sertão da Paraíba, Solha construiu sua imagem através de sua arte (uma misto de beleza, historicidade, indignação e provocação).
Escreveu, por exemplo, ‘Israel Rêmora’, ‘A verdadeira estoria de Jesus’, ‘A canga’ e ‘Relato de Prócula’. Ainda fez os textos da ‘Cantata pra Alagamar’ (do maestro Jose Alberto Kaplan) e ‘Os indispensáveis’ (do maestro Eli-Eri Moura).
Escreveu diversas peças para o teatro paraibano. Textos dirigidos por grandes nomes como Fernando Teixeira (‘A Bagaceira’). Reflexão. Um texto de Solha representa sempre u motivo para reflexão…
Atuou em diversos filmes como ‘O som ao redor’ (de Kleber Mendonça Filho, o mesmo de ‘Bacurau’), ‘A canga’ (baseado na obra de Solha e dirigido por Marcus Vilar) e ‘O salário da morte’, sob direção do saudoso Linduarte Noronha”.
Apesar dessa trajetória linda e de intensa importância para a nossa cultura, esqueceram de Solha. Como naquela franquia de filmes protagonizada pelo ator americano Macaulay Culkin…