Ele botava pra quebrar… O trombonista paraibano Radegundis Feitosa era um desses músicos bem fora de série… Domínio técnico e emoção no palco não lhe faltavam. O próximo dia 1 de julho vai marcar os 10 anos sem Radegundis. Imagino que músicos e instituições estejam se organizando para homenagens…

Radegundis Feitosa

Obviamente, não vai dar para ocupar uma sala de concertos (devido à necessidade de isolamento social provocado pela pandemia de coronavírus). Mas, dá para fazer apresentações nas redes sociais e uma grande live com o repertório que Radegundis costumava tocar.

O músico de Itaporanga faleceu aos 47 anos de idade, na manhã de 1 de julho de 2010, em um acidente de carro. No mesmo acidente (na BR 361, a 11 km de Itaporanga, no Sertão da Paraíba, onde iria tocar) faleceram os músicos Luiz Benedito, Adenilton França e Roberto Ângelo.

Radegundis era doutor em trombone pela Universidade Católica da América (o primeiro do Brasil!), nos Estados Unidos. Presidente e fundador da Associação Brasileira de Trombonistas, era considerado um dos maiores trombonistas do mundo. Uma sumidade no instrumento que escolheu.

Lembro dele com o projeto Brazilian Trombone Ensemble e no Quinteto Brassil. Lembro dele como primeiro trombone da Orquestra Sinfônica da Paraíba. A memoria afetiva, todavia, me faz lembrar de Radegundis tocando com o Tocaia da Paraiba, em ‘Duas gatas’, do CD ‘Botando pra quebrar’. Tocava com intensidade. Deixou saudades. Deixou um legado.

Em maio de 2011, a história de vida e sucesso do músico foi tema de um documentário que foi lançado no Cine Banguê da Fundação Espaço Cultural (Funesc), em João Pessoa. O documentário foi produzido pela TV UFPB, com direção de Arthur Lins e Niu Batista. Para assistir ao filme clique no link abaixo:

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